sábado, 17 de setembro de 2022

Catálogo da Semana: Chevrolet Caravan Diplomata (1986)

A história é antiga, razoavelmente conhecida, mas não custa a gente recordar: lançada no final do ano de 1974, já como modelo 1975, a Caravan foi a primeira - e única - derivação da linha Opala, uma perua (ou station wagon, se preferir o anglicismo) com todas as vantagens da linha sedã/cupê acrescidas por um espaço interno para bagagens altamente vocacionado para a família. Não fosse a falta de um par de portas traseiras - problema este em parte remediado por algumas concessionárias da época, em pequena série de Caravans muito modificadas -, seria a perua mais perfeita daquela época. E mesmo com duas portas, era, grosso modo, a única.

Sim, sabemos da Belina, não esquecemos da Variant (e nem da subestimada Variant II) e lembramos sempre da Marajó. Mas em termos de tamanho e posição de mercado, estas três peruas não são exatamente da mesma faixa de mercado da Caravan, que nadou de braçada no seu seguimento e até mesmo teve versão esportiva, a interessante SS lançada em 1978 e da qual muito gosto (sobretudo a SS6). Todavia, muito em razão de sua alardeada vocação mais utilitária - e outro tanto por não ter tanta concorrência assim -, a Caravan, em 1980, não chegou a receber a opção de acabamento Diplomata.

Comodoro, sim, desde 1978 - e naqueles tempos Opala e Caravan recebiam a mesma distinção -, mas mesmo em 1980 ela continuou a ser Comodoro sem receber o upgrade que o Opala ganhou. E os anos passaram até que em 1985 chegou alguém pra tirar a Caravan de sua tranquilidade, a Quantum: apesar de esta não ter recebido a versão mais bem acabada da linha Santana (a não ser pouquíssimas CD fabricadas, nenhuma sobrevivente), a Quantum CG (favor não confundir com a motocicleta) tinha um preço muito alto e um conforto tanto quanto, além da opção de ter o par de portas que tanto fez falta à perua da Chevrolet.

E a GMB, logicamente, não deixaria a Quantum ganhar fôlego assim impunemente; era necessário ter alguma contrapartida - e a ideia mais lógica foi a de promover a Caravan à linha Diplomata, o que a fábrica fez para o ano de 1986, justamente o ano deste catálogo que a Anfavea gentilmente digitalizou e disponibilizou na internet para quem por ele se interesse:









Se uma palavra define a Caravan Diplomata, é luxo. Sim, pois o acabamento mais esmerado da linha Chevrolet do Brasil (e a Classic do Monza é equiparável) trouxe ainda mais benefícios à perua Opala. Para quem tinha dinheiro (e mais dinheiro do que se pagaria por um Opala Diplomata), a Caravan Diplomata era uma ilha de tranquilidade e durabilidade, além de um alto status, para quem por isso se interessava. Consumo? Não vamos falar de ninharias, caro(a) leitor(a).

Não agora, pois semana que vem traremos aqui a primeira avaliação que a Motor-3 fez da novidade da Chevrolet, ainda um modelo pré-série. E podemos adiantar que era uma excelente opção e dor de cabeça para a turma da Volkswagen, pois a Caravas mais luxuosa era uma perua e tanto! Ou station wagon, se você preferir...

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