quarta-feira, 25 de março de 2020

Propaganda da Semana: Dodge Dart Coupé (1972)

Sou muito parcial quando falo da linha Chrysler, porque são os meus automóveis preferidos dentre os meus preferidos. Parece confuso, certo? E é: eu gosto de tantos carros que para organizar a predileção acabei por adotar, por razões ilógicas e puramente afetivas, quais seriam os meus preferidos. E ao ver um anúncio como este, não foi difícil escolher a linha Dodge nacional.

Para o ano de 1972, a fábrica do pentastar providenciou algumas boas mudanças, a começar pelo pequeno redesenho da traseira, com lanternas repaginadas (agora com três pequenas seções, uma delas - a do meio - a luz de ré), um friso de alumínio na traseira com o escrito "DODGE" à altura da lâmpada de ré, em saudável simetria, além de pequenas modificações na dianteira e mecânicas (como a instalação da caixa de fusíveis no curvão, onde também passou a morar a bobina de ignição, para fugir do calor), além do redesenho do painel de instrumentos (agora mais claro, mas sem o manômetro da pressão do óleo do motor e o amperímetro, substituídos por simples luzes testemunhas e sem o hodômetro parcial).

O resultado ficou bom, como vocês podem ver neste anúncio, direto do nosso acervo:

 
A linha 1972 se propôs a ser jovem, atual, prafrentex. E conseguiu boas vendas, pois naquele ano a fábrica produziu exatas 15.473 unidades (13.243 Dart e 2.230 Charger), um dos melhores resultados da Dodge durante a sua primeira fase no Brasil. Também pudera: um Dart Cupê de luxo (LL23) vermelho etrusco chama muita atenção, até hoje! 

domingo, 22 de março de 2020

Mercedes-Benz LS-1932 1986

Quando eu tinha uns 10 anos, mais ou menos, chegou até as minhas mãos uma revista Veja de 1976, 1977, por ai. No começo do século XXI não era muito comum ver uma revista antiga - hoje menos ainda -, mas é fato que folheei a edição e me lembro de uma propaganda da Mercedes-Benz, cujo slogan era algo como: a cada 10 caminhões, 8 são Mercedes-Benz. Nunca fui bom com números, mas imaginava que era muito Mercedes em relação as outras marcas...
 

Péssimo de números e sem planilhas estatísticas do Detran ou da Anfavea, mas muito curioso. Sim, era um garoto muito singular, apaixonado por tudo o que se move pelos próprios meios e fiquei com aquela publicidade na cabeça: mas será que os Mercedes eram tão comuns assim? E eram... Lembro de ter ficado olhando a BR-101 dias depois (por sorte, tive de acompanhar minha mãe e meu avô em um estabelecimento comercial perto da rodovia) e eu realmente contei quantos Mercedões passavam e eram a franca maioria. Hoje, bem, o cenário é muito diferente, a superioridade numérica não é tão evidente assim (nunca mais parei pra contar, reconheço), até porque muitos outros modelos e fabricantes chegaram e até saíram de nosso pais.
 
Apesar de ser fã da Scania por questões bem pouco racionais, reconheço que a Mercedes-Benz fazia muito sucesso na época, e um dos bichos que me chamavam atenção da fábrica da estrela era o 1932, todo carenado e com pintura diferente, como este testado pela revista O Carreteiro, edição de janeiro de 1986, cuja íntegra tenho o prazer de compartilhar com vocês:
 
Em tempos sem telefonia celular, o Telestrada permitia que motoristas, por meio de uma empresa polo, tivessem acesso à rede telefônica nacional enquanto estivessem na estrada. Isso era do tempo do telefone público movido à ficha!


Os bancos em degrade são típicos da época, os Monoblocos O-370/371 tinham revestimento semelhante.

Note a distância de frenagem e aprenda uma lição: mantenha distância dos caminhões, porque os pesadões demoram mais pra parar...

 
Vá lá que o clássico LS-1932 não fez o sucesso que os Scania da época fizeram, mas era um caminhão interessante, não acham? Se você tem uma lembrança com estes clássicos, comente! E por favor: #Fiqueemcasa