sábado, 6 de novembro de 2021

Teste da semana: Ford Corcel (1968)

Já conversamos por aqui a respeito da compra da Willys-Overland do Brasil (WOB, para os íntimos) pela Ford do Brasil. Foi um negócio celebrado em 1967 e que foi muito bom para a compradora, pois, além de ter acesso a um considerável parque fabril e uma gama de veículos bem encaixada no mercado (que o diga o Jeep e a Rural, que vimos aqui dia desses), recebeu um projeto de um veículo médio em adiantada fase de gestação.

Com muita inspiração francesa, o tal do Projeto M acabou por ser lançado com o logotipo oval e fez muito sucesso. Sim, meus(as) amigos(as), o Corcel, apesar de uma ligeira dificuldade inicial com a suspensão (a qual deu origem ao primeiro recall nacional), alcançou grande sucesso de vendas.

Macio, confortável, robusto e econômico, o Ford Corcel era um desses carros que a gente logo percebe as suas qualidades, como, aliás, o pessoal da revista Auto Esporte logo percebeu ao travar o primeiro contato com ele, em avaliação publicada na edição de outubro de 1968:







A imagem do Corcel voando na dura pista de Gericinó (na antiga Guanabara - se não conhece, procure no Google!) não foi divulgada ao acaso. Naqueles tempos, a Volkswagen lançou o 1600, o Zé do Caixão, concorrente forte na mesma faixa de mercado e toda a propaganda que evocasse a robustez e a segurança do Corcel era muito necessária... Afinal de contas, naquele tempo a fábrica germânica dominava amplamente o mercado.

E a propaganda deu certo? Sim, e muito: o sedã Volkswagen morreu antes de completar o quarto ano de fabricação, já o Corcel sedã foi vendido até 1977, quando foi substituído pelo Corcel II, moderno e ainda mais confortável. E a fama de robustez chega até hoje, como muitos Corcel rodando maciamente até hoje pelas nossas estadas nem sempre asfaltadas...

4 comentários:

  1. Corcel sedan já é mosca branca em qualquer lugar, mas em Porto Alegre eu via muito Corcel cupê ainda rodando, mesmo que alguns já estivessem cheios de gambiarra.

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    1. Aqui volta e meia aparece um Corcel sedã; nesta semana, inclusive, vi um 1969 branco a venda por R$ 15.000,00, aparentemente bem original e em bom estado.

      Já o Cupê, nossa, até uns 10 anos atrás eram muito comuns (raramente passava um dia sem ver), mas com o tempo eles sumiram... Um, em especial, GT 1975, surradíssimo, era usado para carregar ferramentas para um pedreiro, certamente foi pro ferro velho, uma pena.

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    2. Acho que esse '69 branco foi o mesmo que eu vi em agosto do ano retrasado. Quanto aos GT, na época da copa de 2014 eu vi um à venda em Porto Alegre.

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    3. O GT até que valorizou e tem boa procura, não é incomum vê-los em anúncios da OLX e similares (se são originais de plaqueta já não posso garantir, hehe).

      Em 2019 quase comprei uma Belina L 1979 prata régia. Carro alinhado, pneus péssimos, mas muito original e inteira por dentro. Desisti da compra porque o vendedor disse que arrumou o motor "porque virou uma bronzina" e quando fui dar uma volta pra testar a gasolina faltou por enguiço da bomba de combustível e o vendedor empurrou o carro uns 500m até a loja...

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