Os veículos esportivos, em regra, despertam fascínio. Claro, o Passat GTS, o Gol GT e o Monza S/R não são veículos de grão-turismo em sua acepção mais decantada e literal, pois se tratam de versões de veículos produzidos em larga série; nenhum deles foi projetado para ser um esportivo, apenas receberam aperfeiçoamentos para melhorar a performance e marcar mais o visual.
Porém, o universo automotivo não é racional - penso, cá comigo, que jamais foi - e quem era jovem naqueles anos de 1980 (e 1990) certamente imaginou ter um destes esportivos para andar rápido nas estradas e muito devagar nas ruas movimentadas nos sábados a noite (esportivos, em geral, tendem a aumentar a capacidade de sociabilidade do motorista, acreditem). Naqueles tempos, como hoje, as versões mais quentes custavam uma fábula e poucos (bem poucos) poderiam comprar, sobretudo porque em 1986 as coisas não iam nada bem na economia nacional (novidade!).
Mas para ajudar na difícil escolha de quem tinha esse maravilhoso problema pra resolver, a revista Motor-3, em sua edição n. 75 (setembro de 1986), apresentou um interessante comparativo assinado por Paulo Celso Facin e Roberto Negraes, com imagens do próprio Negraes e enriquecida com comentários de Adhemar Ghiraldelli Júnior (referentes ao estilo), Dede Gomez (a respeito do comportamento dinâmico em pista) e Luiz Octávio Gonçalves (acerca da acústica). Sim, a matéria é uma verdadeira aula de como avaliar veículos automotores:
Eu gosto mais da aparência do Monza, mas também acho interessante o Passat. Uma característica que me agrada em modelos mais antigos da Volkswagen com motor longitudinal é ter semi-eixos simétricos, que na prática impedem a ocorrência de torque-steer.
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