terça-feira, 16 de novembro de 2021

O que vai acontecer com esses carros e caminhões? (1979)

A aquisição de uma fábrica por outra não é algo incomum, sobretudo no ramo automotivo. A Chrysler se instalou no Brasil por meio da compra da Simca do Brasil em 1967, aproveitou suas instalações fabris (e mesmo o seu produto mais novo, o Esplanada por dois anos) para lançar, em 1969, o Dodge Dart. E antes do automóvel, uma linha de utilitários.

Como aconteceu com a própria Simca (e com a Vemag do Brasil, por exemplo), os produtos da fábrica incorporada somem para dar lugar aos lançamentos da adquirente (Willys que o diga...), então era muito natural pensar que a Volkswagenwerk, ao completar a aquisição de todas as ações da Chrysler do Brasil, extinguiria os veículos da fábrica americana, cenário este que a seguinte peça publicitária, cortesia do excelente blog Memórias Oswaldo Hernandez nos trouxe, tentou afastar:

Na imagem, para a linha 1979, temos um Dodge P 700 A azul pavão (ao menos parece), um D 970 vermelho riviera (sim, cor de 1977, mas é bem parecida com a do anúncio), um P 900A amarelo álamo, um P 400 verde tivoli, um Charger R/T azul cadete e azul estelar, um Magnum vermelho alcazar, um Polara branco ártico, um Le Baron castanho camurça e um Dart cupê marrom sumatra. Aliás, a linha 1979 trouxe a novidade de uma nova frente, executada em fibra de vidro, com novo desenho (as traseiras também receberam atualização, é bom lembrar).

Mas a gente sabe que o anúncio não garantiu em momento nenhum que a vida dos Chrysler nacionais seria longa: por ter adquirido a firma com o objeto de aproveitar o know-how da fabricação de caminhoes, a Volkswagem não se esforçou muito em mantê-los em linha, tanto que todos automóveis forma extintos em 1981. Aquele foi o fim de uma era...

2 comentários:

  1. Até poucos anos atrás, eu ainda via uma quantidade razoável de caminhões Dodge no Rio Grande do Sul. Já caminhões Volkswagen da época que ainda eram simplesmente um "Dodge de capacete", até com as rodas de artilharia, dá para contar nos dedos quantos eu via.

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    1. Aqui sempre tivemos uma forte presença da Mercedes-Benz e mais recentemente dos Ford e Volkswagen; os Dodge não tenho muita lembrança, nem mesmo daqueles mais cansados da lida. Via Ford da década de 60, bastante Chevrolet, mas Dodge era de vez em nunca.

      O último que vi (e que infelizmente não fotografei) foi um D400 1978 azul pavão com plataforma para guincho. Parecia bem original (se bem que a cabine tinha lá suas marcas de massa plástica estourando, a atmosfera salina de beira de praia é um convite à corrosão) e ficou na ativa até 2012, aproximadamente.

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