segunda-feira, 22 de abril de 2019

Propaganda da Semana: Caravan SS (1978)

Pessoalmente, tenho boas lembranças quando vejo uma Caravan: nos tempos de colégio, acredito que lá nos idos de 1997/1998, este que às vezes aqui escreve, criança de tudo, pegava carona na Caravan vermelha da mãe de um colega para ir à escola. Não sei dizer o ano da station, mas lembro perfeitamente dos bancos com encosto alto revestidos em tecido preto, num contraste ao vermelho metálico da lataria, que chamava atenção adoidada.

Um amigo, Fernando, conta-me sempre as histórias da Caravan 1980 com motor de quatro cilindros que o pai dele comprou no começo da década de oitenta, veículo com a frente mais moderna e o interior ainda de 1975, ano em que o utilitário foi lançado. Ele, que hoje (assim como eu) tem um Ford, recorda-se das viagens feitas nas estradas de mão simples, aventuras fantásticas e que ele conta com alegria no olhar.

Outro amigo, João, disse-me que o pai dele comprou, já no começo deste milênio, uma Caravan que, depois de ser ambulância, serviu por bastante tempo em uma em uma funerária local. A perua ganhou bancos traseiros, janelas laterais e uma pintura nova, tudo isso para enxotar aquele estigma de carro de papa-defunto. E como espantou: João certamente sente saudade daquele carro único, já um pouco enferrujado, mas bastante robusto.

Até agora contei três rápidas histórias sobre a simpática Caravan, utilitário da linha Opala que, em 1978, ganhou duas versões, ambas já existentes no modelo do qual derivou: a versão Comodoro (de luxo, acabamento mais caprichado) e a esportiva SS, que aparece nesse anúncio.
Esta foi a primeira peça publicitária da minha coleção, lembro como se fosse hoje o dia em que me deram uma revista antiga e eu destaquei a folha pra guardar a propaganda da Caravan esportiva.
A Caravas SS recebeu um interessante (e razoavelmente discreto) esquema de faixas esportivas, bem semelhantes às aplicadas no Opala SS, além dos faróis de milha e as icônicas rodas de aço com desenho esporte; da mesma forma, o interior "esportivo", o conta-giros no painel e o volante eram os mesmos do irmão sport. A mais óbvia vantagem era o maior espaço interno e de porta-malas da perua esportiva, que, inclusive, recebia a mesma mecânica do cupê, fazendo com que o desempenho dela fosse bem interessante, sobretudo na versão 250-S.

Apesar de ter sido uma ideia das mais interessantes (que, aliás, demorou anos para ser igualada pela Quantum sport, em 1990, perua familiar com uma pegada mais esportiva), a Caravan SS não durou tanto quanto deveria: deixou de ser produzida em 1980, por conta das baixas vendas e da decisão da Chevrolet de extinguir seus esportivos para aguardar o lançamento do Monza S/R (que foi parcialmente esquecida com o Chevette S/R, de 1981). É como dizem: o que é bom, dura pouco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Este espaço está sempre disponível para a sua contribuição. Fique a vontade e participe, será um prazer ler - e responder - seu comentário!