Costumo dizer que o meu carro favorito é aquele que está em minha garagem, mas, sinceramente, se pudesse a garagem aqui de casa seria bastante ampla e contaria com diversos carros diferentes, de épocas distintas e de marcas variadas. Dentre eles, por certo, estaria o Santana.
Tive oportunidade de guiar um modelo GLS 2000 quatro portas, gasolina e vermelho desbotado há uns anos atrás e gostei muito do conjunto, muito acertado e com torque suficiente para fazer um passeio bem agradável. Por diversas conjunturas, sobretudo financeiras, tive sempre automóveis com cilindrada menor do que gostaria e por isso foi (é e sempre será) um prazer sentir a tranquilidade do torque de um motor maior. Saber que há uma reserva de potência para os imprevistos, é um fator de muita serenidade...
Outra vivência, essa como passageiro e mais antiga, foi a bordo de uma Quantum GL 2000 álcool, andava maravilhosamente bem na BR-101 do tempo da pista simples, com ultrapassagens seguras e uma retomada que me fazia sentir num veículo muito interessante. O condicionador de ar impedia que o verão entrasse no caprichado habitáculo e o nível de ruído, de todo modo, era bastante aceitável. Nunca esqueci aquela Quantum 1992 e se pudesse, podem ter certeza, teria uma dessas para viagens longas e tranquilas pelas estradas desse imenso Brasil.
E é justamente do ano de 1992 o catálogo que temos a oportunidade de apresentar nesta semana: voltado às versões de quatro portas (e não podemos esquecer que o Santana também poderia ser comprado como um carro com duas portas a menos, em detrimento do conforto e em benefício de um desenho um tanto mais "esportivo"), esse belo folheto - cortesia da Anfavea, a quem sempre agradecemos - revela em detalhes os níveis de acabamento para quem desejava ter um Santana em sua garagem:
Se por acaso pudesse voltar no tempo, encomendaria no concessionário local um Santana GL quatro portas, álcool, verde com interior bege e com ar condicionado e trio elétrico. Fecharia os olhos para o relógio demasiadamente grande no painel (contagiros só para versão GLS) e abriria um sorriso para as boas virtudes daquele carro, as quais, sabemos, garantiram uma longa vida ao Santana.
O famoso Santana Robocop. Até tenho uma certa simpatia pelo de duas portas, para dizer a verdade.
ResponderExcluirQuanto a motores menores, houve uma época que eu me iludia mais pela potência a regimes de rotação estratosféricos de alguns motores menores, mas naturalmente nunca rejeitei motores mais vigorosos já em baixos regimes, talvez até pela influência dos turistas argentinos em Florianópolis quando morei aí de '96 a 2008 e que iam muito com carros a diesel que às vezes tinham a mesma potência dos carros 1.0 do Brasil mas um melhor torque em baixa rotação. E eu até acho que já te vi dirigindo um Fiat Uno vermelho perto do posto na esquina das ruas Almirante Lamego e Arno Hoeschel, em frente ao mesmo lugar onde já teve uma loja da antiga Koesa pelo que eu me lembre.