Ao preparar esta postagem, percebi que há algum tempo não trazia uma reportagem da Motor-3; como sou um inveterado entusiasta, sinto-me um pouco aborrecido se não ler, mesmo que de vez em quando, algo da nossa querida revista, e penso que alguns de vocês que procuram este espaço devem pensar da mesma forma. Ou talvez sejam pessoas mais saudáveis do que eu... Bem, na dúvida, aproveito a boa oportunidade para lembrar da nossa querida M-3 e da Pampa.
Com certo atraso, é verdade, a Ford trouxe a picape pequena ao mercado nacional, antes dominado de modo solitário pela Fiorino; naquele mesmo ano de 1982 a Saveiro também nasceria, mas quem esperou pela resposta da Ford à Fiat, bem, não se decepcionou: a Pampa era (ainda é) valente, bom acabamento, mecânica simplificada e vendeu muito bem até ser substituída pela Courier na década seguinte. Teve até mesmo a improvável versão com tração também no eixo traseiro (sim, a Pampa 4x4, não exatamente bem sucedida e de boa fama), alternativa corajosa e que nos mostra a ousadia que a Ford tinha antes e que hoje não mais temos...
Mas, voltando ao ano de 1982, mais precisamente ao mês de maio, o pessoal da Motor-3 (José Luiz Vieira, Paulo Celso Facin e Celso Lamas) analisaram não só a então nova picape, mas também a interessante e muito incrementada versão da Souza Ramos e que poderia ser sua por alguns bons cruzeiros. Uma verdadeira curtição pra assustar muito Passat em curvas:
De minha parte, andei apenas uma vez em uma Pampa, era uma L prata metálica do começo dos anos 90 e que servia a um vizinho meu que trabalhava como técnico de refrigeração; moleque pentelho, pedi uma carona para ele enquanto levava de volta a nossa geladeira recém reformada e gostei da Pampa, bastante macia, robusta e bem interessante com seu banco inteiriço sem encosto de cabeça e o quarto pedal aos pés do motorista, necessário para manejar o freio de estacionamento.
Outro vizinho, anos depois, trabalhava no ramo de gases para soldas e outras aplicações e não raro carregava uma quantidade impressionante de cilindros na caçamba das duas Pampas que ele tinha. A frente apontava para Lua enquanto a traseira permanecia rente à terra, mas não desistiam da luta...
Um dia desses, enquanto levava a bucica daqui de casa para passear, vi um Mercedes-Benz C-180 azul, ano '98, num posto e fui ver mais de perto. Até comentei com a guria que estava com o carro, que deve ser o último desses com câmbio manual em Porto Alegre e era do falecido pai dela, que esse freio de mão no pé "igual as caminhonetes americanas" sempre me atrapalha toda vez que eu preciso dirigir uma, por causa de um problema de joelho que acaba me atrapalhando para tentar fazer o punta-tacco ao invés de segurar na embreagem parado numa ladeira. E até nas Nissan Frontier e XTerra nacionais eu penei por causa desse freio de mão no pé.
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