sábado, 21 de janeiro de 2023

Catálogo da semana: Volkswagen Variant II (1977)

Desde que me entendo por gente presto atenção aos automotores em geral; num dia da minha infância, época na qual atravessava alguns quarteirões para ir ao colégio, fiquei intrigado com aquela Brasília incomum parada na garagem de um estofador local. Bege como maior parte dos carros daquela época - tonalidade pela qual tenho grande antipatia, mas sem motivo -, essa Brasília comprida e mais esguia estava ali para algum reparo. Fiquei curioso e uma espiada meio de longe não trouxe pistas mais concretas...

Na volta do colégio, como se poderia imaginar, voltei pela mesma rua e agora o estranho Volkswagen agora estava de costas para a rua; na tampa traseira o logotipo "Variant II" matou a charada: então era aquela a tal da Variant mais moderna, o Brasilhão que alguém me falara um dia... Isso deve ter acontecido em 2002, no máximo, e já pode ser uma ideia do quão pouco vendeu a Variant II em comparação aos outros veículos da mesma categoria e da fabricante. Bons predicados não faltavam, como podemos ver do catálogo de lançamento, gentilmente digitalizado pela Anfavea, a quem sempre agradecemos pela ótima iniciativa de divulgá-lo:





















Predicados, como vimos, não faltaram à evolução da Variant, até mesmo uma ótima suspensão dianteira e um interior bastante moderno; talvez o insucesso foi o preço junto ao da Brasília e o fato de ela não ter sido ousada naquilo que mais precisaria ser: uma mecânica nova e mais arejada. A Parati veio depois e trouxe a modernidade; todavia, aos que gostam da mecânica mais tradicionais (e que tem vantagens, é certo), tem na Variant II uma ótima opção. E que não custa caro, talvez a fração do que uma Kombi tem custado aos entusiastas...

Um comentário:

  1. A bem da verdade até me agrada o bege que a Volkswagen usava em carros dessa época. Também me chamou a atenção constar nesse catálogo o amarelo Java, que segue sendo a cor padrão dos táxis do Rio de Janeiro. No tocante a motores, a Volkswagen do Brasil se quisesse chutar o balde e instalar um AP em posição horizontal até poderia fazer isso com a Variant II, lembrando o que era feito na África do Sul com a Transporter T3 nas versões básicas ao invés de usar o Wasserboxer.

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