Que o Monza foi um sucesso todos nós sabemos; o médio da Chevrolet, posicionado dentro da linha da fabricante entre o Chevette e o Opala, tornou-se um automóvel muito desejável, sobretudo com a chegada da linha 1986 (lançada ainda em 1985, mania irritante da fábrica daqueles tempos) e que trouxe consigo um interior com mais capricho, instrumentação mais completa e a versão Classic, um luxo só.
Tudo isso que acima disse não é novidade. Talvez também não seja o fato de o Monza ter sido exportado para diversos países da América Latina (e até mesmo montado na Venezuela, em regime de CKD). Mas pode ser uma novidade saber que a GMB preparou a versão taxi do Monza também para o mercado externo. Afinal de contas, tratava-se de um sedã de linhas modernas, motor de arquitetura eficiente a cumprir com os interesses em potência e consumo e com bom espaço interno, tudo isso com as desejáveis quatro portas e opcionais de conforto como o ar-condicionado.
Sempre a gasolina (o álcool foi um movimento mais brasileiro do que de outro pais), o Monza Taxi poderia ser exportado com o motor 1,6l ou o mais possante 1,8; a transmissão poderia ter a quinta velocidade como opcional (altamente recomendável) e os demais detalhes não diferiam muito dos que poderiam ser comprados aqui. Afinal de contas, era um carro global e que poderia ser tranquilamente oferecido nos mercados vizinhos, conforme podemos ver do catálogo que a Anfavea também digitalizou gentilmente para nós entusiastas:
Coincidentemente, o primeiro Monza que lembro de ter andado na vida foi um de quatro portas, taxi, equipado com um correto ar-condicionado e vidros elétricos, luxos que não via no Chevette do meu avô e me marcaram bastante. E do que conheço da linha, se o Monza taxi recebeu cuidados mínimos, talvez rode até hoje...
O mais curioso é que o exemplar da foto, na versão SL/E ao invés de ser alguma mais austera, ainda tinha o desembaçador do vidro traseiro, e o Monza venezuelano como tinha ar condicionado de série dispensava o desembaçador. Situação curiosa, e que me leva a crer que o anúncio foi mais direcionado ao Chile ou ao Uruguai, apesar que em Montevideo e Santiago os táxis tem uma pintura parecida com a de Buenos Aires, e na época desse anúncio por uma questão de reciprocidade ainda era proibida a importação de carros brasileiros na Argentina, tendo em vista que no Brasil ainda vigorava a proibição das importações.
ResponderExcluirO que esperar de um povo que se acomodou durante os 20 anos de chumbo? Você não tem ideia do que eu faria naquela época, onde ninguém nem tinha câmera pra filmar ou fotografar as coisas. Não é igual hoje onde a imagem fetichiza a vida.
ExcluirEntraria no Brasil com alguns Taunus Coupe na maior cara de pau hehehe. Só pra dar risada dos mavecos de plantão.
Antes da informatização dos sistemas dos Detrans, creio que também seria mais fácil fazer uma documentação como se fosse um modelo nacional, ou até artesanal.
ExcluirFiquei sonhando com uma caixa de 5 marchas bem interessante e o quanto de potência eu conseguiria tirar com o motor 1.6 por ser "quadrado". Nesse 1.6 é só aplicar a receita do bi-turbo injetado e tá tranquilo. Agora, pra câmbio o ideal seria essa combinação:
ResponderExcluirdiferencial 3,94:1
1a - 3,42 / 2a - 2,16 / 3a - 1,37 / 4a - 0,97 / 5a - 0,71
Com essa receita de engrenagens e diferencial, o Monza "exportación" seria um baita foguete pra nenhum ser humano botar defeito. E isso só brincando com peças originais. O aftermarket do Monza é insano, ao nível de Nissan Skyline.