domingo, 11 de julho de 2021

Teste da semana: Volkswagen Voyage (1983)

 Novidade da Volkswagen para o ano de 1981, o interessante Voyage - criado na medida para concorrer com o Chevette - trouxe um desenho muito correto, desempenho coerente com o projeto (diferente do Gol), mas não as quatro portas.

Eram tempos de um mercado nacional que não costumava aceitar com entusiasmo as versões com o dobro de entradas (gosto incompreensível do ponto de vista técnico, mas muito arraigado), muito carro nasceu e morreu sem receber portas extras, daí a demora da Volkswagen em apresentar o Voyage quatro portas, novidade para o ano de 1983 e testada pelo saudoso José Luiz Vieira, com análise de estilo do também saudoso Celso Lamas (e com a presença do grande Paulo Celso Facin na foto de ação):




Nada feito pelo ser humano é perfeito - então, é compreensível que a avaliação da turma da Motor-3 (publicada na edição n. 33, de março de 1983) aponte defeitos, à exemplo do espaço do banco traseiro e o acesso não muito amplo proporcionados pelas portas traseiras. Mas, se no geral o conjunto agradava, o público nacional não acolheu com dobrado interesse: afora a venda de Voyages quatro portas importados da Argentina na metade dos anos 90, a fábrica logo descontinuou essa opção e só voltaria a fazer Voyage nesta configuração quando do modelo novo. Pena, pois sempre fui fã dos quatro portas...

3 comentários:

  1. Detalhe que a Volkswagen do Brasil permanecia fazendo Voyage com 4 portas no Brasil para exportação após ter descontinuado as vendas no país. Era vendido em alguns países vizinhos como Amazon, além do Fox de especificação americana.

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    1. Bem observado, a Volkswagen persistiu a fabricação do Voyage com mais portas para o mercado externo - especialmente o Fox americano (que em breve será lembrado aqui no blog).
      Até hoje lamento o gosto da época pelos veículos de duas portas, em detrimento da facilidade de acesso e tantos outros benefícios...
      Grato pela visita e os comentários, sempre enriquecedores.

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    2. Em que pese a inegável praticidade oferecida pelas 4 portas, eu até aprecio o aspecto visual de alguns carros com só duas portas. Mas talvez o mais curioso seja essa preferência por carro de duas portas ser influência do Fusca, ao contrário do que ocorria na Argentina onde apesar do Fiat 600 de duas portas também havia uma influência mais forte da Citroën com o 2CV e da Renault com o R4 que não abriam mão das 4 portas.

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