segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Chevette SL 1988 (Parte 3)

Dia desses eu comentei que o Chevette SL tinha um escapamento não muito original, pois o silencioso (ou surdina, como se diz no Rio Grande do Sul) pode ser tudo, menos silencioso: era um modelo esportivo, pouco restritivo, que fazia o pequeno Chevette roncar como se fosse um Stock Car dos anos 70. Nada contra, mas eu prefiro sossego na vida, gosto de silêncio, sombra e água fresca.
 
Aí meu primo indicou uma excelente casa de escapamentos aqui em Palhoça/SC (município vizinho ao meu, São José), mais do que depressa tratei de encaminhar o garboso sedã para uma avaliação do sistema de exaustão. Nada de anormal, só uma braçadeira estourada, dois coxins cansados da vida e só. O ruído que parecia de escape furado nada mais era do que o afrouxamento da junção do tubo do escape até o silencioso. Pensei que era mais grave, mas tive sorte.
 
 
O modelo original me custou R$ 80,00, já com a mão de obra e as demais correções inclusas. A descarga esportiva ficou de presente para o dono da loja; meu primo Carlos, brincalhão como sempre, sugeriu de instalarem esse pouco silencioso numa CG 125 só pra ver como ia ficar... Se vocês verem esta façanha, já sabem e conhecem o doador da surdina esportiva.

Junto ao terminal do escapamento os únicos pontos de ferrugem do carro.
Aproveitei que o sedã teve de ser içado no elevador e fiz uma inspeção breve no assoalho. Nada, absolutamente nada de sério, só esses pequenos focos de ferrugem abaixo do estepe, que até se espraiam para a lateral traseira direita, mas é algo fácil de se fazer. O mercado de peças de funilaria me deixa tranquilo, porque se acha fácil o remendo para o porta-malas e demais pontos do assoalho que enferrujam mais frequentemente. Meu primo Carlos, aliás, é mestre em funilaria e já perdeu as contas de quantos Chevette já trabalhou, o que me deixa absolutamente tranquilo e confiante.


A nascente do rio de óleo que brota na minha garagem.

"Chevette sempre vaza óleo", eu ouvi de um sujeito que parou pra ver o Chevette levantado. Tudo bem, isso nós já sabemos, até a síndica do meu prédio já percebeu o fenômeno, mas precisava vazar tanto? O óleo lubrificante escorre desde as tampas do acesso ao comando de válvulas e passa pelo coletor de escape (perfume é ótimo, acreditem), além de o cárter estar bem melado. Nem preciso dizer o quanto isso me irrita profundamente (e me faz sempre ter atenção triplicada com o nível do cárter).
 
No mais, vi na dianteira que as coifas do sistema de direção estão estouradas e devem ser trocadas (o que pode indicar o comprometimento da barra axial, pelos anos de sujeira, água e areia). De mais a mais, tudo dentro na normalidade, inclusive o nível de ruído, que agora é aceitável e bem original. Ufa!
 
Quanto à mecânica (carburação, freios, direção e transmissão) tudo está sendo verificado pelo mecânico no momento em que posto, pois o Chevette é o mais novo paciente de uma oficina local. Se vai ficar bom, eu conto pra vocês numa próxima prosa. E se ficar ruim, conto do mesmo jeito: afinal de contas, faz parte da luta!

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