sábado, 5 de novembro de 2022

Teste da semana: Chevette Hatch (1979)

Nós já falamos em oportunidades anteriores sobre o lançamento da versão hatch do Chevette; aqui o pessoal costuma chamá-lo de codorna, graças ao desenho da traseira guardar certa semelhança com aquela simpática ave galiforme pertencente ao gênero Coturnix. Não lembro de ver muitos deles na infância, a não ser um inesquecível S/R cujo dono vendia iogurte e sorvete no já distante verão de 1995 e outro bege, das primeiras safras, bastante inteiro e que o proprietário usava para pescar em rios próximos. 

A diferença mais óbvia entre a versão hatch é a traseira truncada e o fato de a tampa de trás se abrir junto do vidro (do que resulta no termo "três portas", não muito adequado porque usualmente não se entra pelo carro pelo bagageiro), mas para o novo desenho até o tanque de combustível teve de se mudar para baixo do assoalho, além de outras modificações pontuais e bem importantes.

Não se trata de um carro muito espaçoso (o Uno nada de braçada nesse quesito), mas era valente, ágil e conservava as virtudes (e defeitos) gerais da linha sedã/cupê, como podemos ler da primorosa avaliação que o Paulo Celso Facin - o PCF da nossa querida Motor-3 - feita para edição n. 182 da revista Auto Esporte (edição de dezembro de 1979), com imagens de Saulo Mazzoni:




Reconheço que a digitalização não ficou muito boa (a lombada da revista estava muito presa à borda esquerda da página e não queria estragar a encadernação), mas os amáveis leitores certamente perdoarão esta limitação.



Pessoalmente, a versão sedã é mais adequada ao uso que geralmente faço do automóvel (pois preciso de porta-malas mais amplo); porém, sempre achei muito interessante o desenho dos hatch de primeira geração (1980-1982) e se pudesse, certamente teria um. S/R, de preferência.

3 comentários:

  1. Ultimamente tem sido mais raro ver um Chevette hatch, embora o sedan ainda seja muito fácil de ver em Porto Alegre.

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  2. E passados mais de 40 anos, lá estão os bancos do tipo "sarcófago" novamente nos Onix...
    Quando o Up! foi lançado com esses bancos já pressentia que essa economia de palito voltaria novamente nos carros populares.

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  3. Atualmente eu ando num Corsa Super, 1997, hatch. É o carro da minha mãe. Eu consigo enfiar ele em basicamente qualquer lugar que eu queira e ainda economizo uma boa gasolina, fazendo meus 13 km por litro na cidade. É quase a mesma coisa de andar no Chevette hatch. Como o Chevette ainda é de concepção RWD, a ergonomia do espaço interno fica a desejar (já entrei e manobrei um Chevette do meu vizinho). No entanto, o ponto da estabilidade ser ligeiramente melhor, tem a ver com o peso maior ser bem distribuído numa carroceria menor que a do sedan. O carro fica mais justo pra entrar nas curvas.

    Eu não vejo diferenças gritantes na concepção de Corsa e Chevette. Ambos são, a grosso modo, o mesmo carro, a mesma ideia de um city car europeu. Quando originais e rodando nas melhores condições, satisfazem até o mais agudo dos motoristas que exige um veículo compacto e prático para o dia-a-dia. Embora algumas pessoas mais chatas aleguem que "só carros grandes são bons", eu não consigo ver muitas dessas pessoas rodando com essas barcas no dia-a-dia.

    Até porque, com gasolina ainda custando em média uns R$ 4,50 e rodando o mínimo de 10 km na cidade, fica complicado encontrar um automóvel grande que feche essa conta. A não ser que você seja um estudante universitário, um Opala/Galaxie/Dart não vai ser de grande utilidade. Oh-là-là... la realité!

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