sábado, 10 de abril de 2021

Chevrolet Opala Diplomata (teste Auto Esporte, 1984)

Perto de completar seus dezesseis anos de idade (mas com projeto um pouco mais veterano do que a idade no mercado nacional), o Opala para o ano de 1984 não encantava mais os jovens por sua potência (as versões SS da linha sumiram no final de 1980). Sua imagem no mercado inspirava mais os que buscavam uma boa dose confiabilidade mecânica, o bom acabamento, o desempenho convincente (especialmente nas versões 250-S) e o estilo sóbrio. 

Claro, o Opala ainda faria a alegria de muitos jovens; porém, opções esportivas mais modernas surgiram (à exemplo do Gol GT, nascido naquele mesmo ano de 1984) e o custo geral dos combustíveis pesava fortemente nas decisões dos compradores. Não eram tempos fáceis (e quando os tivemos por aqui?); entretanto, o maduro projeto ainda exibia boas qualidades, como podemos ver nesta avaliação assinada por Caio Moraes para a revista Auto Esporte (edição n. 230):





Um Diplomata com motor de quatro cilindros a álcool não era exatamente veloz - tampouco muito econômico -. Porém, com o ar-condicionado ligado e o toca-fitas executando uma música calma, você dirigiria calmamente para qualquer lugar desse mundo. Pois um Opala é desses carros que dão a impressão de que a volta em torno da galáxia sem aborrecimentos mecânicos seria perfeitamente possível, sobretudo na versão Diplomata, repleta de amenidades altamente desejáveis.

6 comentários:

  1. Às vezes eu chego a crer que esse mesmo motor, com algumas melhorias, ainda poderia ter se mantido mais competitivo, em que pese a mudança na classificação para recolhimento de impostos que era pela potência e passou a ser por cilindrada.

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    1. Pois, é, conforme você bem apontou em artigo anterior, a própria S-10 poderia ter usado o 151 sem grandes problemas; porém, acredito que a questão do marketing deve ter ponderado a possibilidade de usar motores mais modernos, até para vender uma ideia nova aos consumidores.

      Grato pela visita e os comentários, sempre muito enriquecedores!

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  2. Só uma pequena correção! Como essa revista é - pelo que me consta - de janeiro de 1984, faltavam, então, dez meses para o Opala efetivamente completar 16 anos. E ao completar 16 anos de fato (em novembro de 1984) o Opala já não estava mais com essa "cara" de modelos 80-84 (ou mais precisamente de modelos 82-84, devido aos ínfimos detalhes de acabamento), pois o mesmo passara a ter o aspecto dos modelos 85-87.

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    1. Você tem toda razão, caro(a) anônimo(a).
      Considerei o ano civil em vez do aniversário propriamente dito do modelo, mas ficam ai as suas precisas correções. Grato pela visita e as suas considerações, que muito enriquecem nosso texto, volte sempre!

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  3. Voltarei sempre sim! Ótimo site, bem escrito, com muitas informações e belas imagens! E tão importante quanto os carros é a forma como se trata as pessoas, pois o tratamento que a gente normalmente recebe por esse mundão da internet costuma ser lamentável. Parabéns e muitos antigos em sua garagem!

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    1. Agradeço os elogios, estamos aqui pra resgatar sempre um pouco da história automotiva nacional. E por isso sempre contamos com a participação de que nos honra com a leitura.

      Afinal, você veio aqui, fez apontamentos super importantes e ainda compartilhou seu conhecimento sobre Opala, então ficamos sempre contentes quando recebemos um comentário, até porque a razão de ser do espaço é a de compartilhar e aprender um pouco mais sobre esse vasto universo automotivo.

      Volte sempre e muito antigos em sua garagem também!

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