domingo, 1 de novembro de 2020

Fiat 140 N3 (Teste)

Não, não vou falar hoje sobre o interessante automóvel Fiat 130 - um dos meus prediletos da linha europeia da Fiat, sobretudo o Cupê - e, por isso, não escrevi o título errado. É dia de falar de Fiat, mas de caminhões, pois, bem sabemos, a marca italiana comprou a Alfa Romeo e, por consequência, as instalações da FNM (que antes pertenciam à Alfa) passaram ao domínio da Fiat lá em 1976.

O médio 140 foi lançado em 1978 (como natural evolução do 130, lançado um ano antes e logo descontinuado) e a partir de 1981 poderia vir equipado com o 3º eixo de fábrica (daí o N3 do nome), exatamente o caminhão testado pela revista O Carreteiro de outubro daquele ano:


Lembro que meu pai tinha uma lanterna destas, bem interessante. Mas se o carro tem carroçaria de fibra de vidro, o interessante imã não vai funcionar...

Até que o Fiat era razoavelmente econômico!

O Fiat 120 era concorrente direto do Mercedes-Benz 2013 e foi igualmente lançado em 1981.


O catálogo é uma gentileza do antigo site Caminhão Antigo, cuja falta muito sentimos

O motor 6.360.05B.295 de fabricação própria desenvolvia 150cv de potência em 2.400rpm e torque de 48mkgf quando a agulha do contagiros alcançava a marca de 1400rpm, feitos superiores ao concorrente mais famoso, o Mercedes-Benz 2213, que era equipado com o clássico OM-352, engenho este capaz de desenvolver 130cv à rotação de 2.800 giros e entregar o torque de 37mkgf em 2000rpm. Mas essa superioridade na ficha técnica não foi suficiente para assegurar sucesso ao Fietão trucado, pois vendeu muito pouco até 1984, ano em que a fábrica o descontinuou.

6 comentários:

  1. Os motores dessa linha de caminhões Fiat me chamam a atenção pela faixa de rotação bastante estreita, e pela cilindrada proporcionalmente mais alta que a concorrência direta. Só não lembro ao certo se esse motor é um projeto original italiano da OM (Officine Meccaniche) ou suíço da Saurer, ambas empresas que viriam a ser incorporadas à atual Iveco, e pelo que eu saiba a Saurer ainda foi a pioneira na adoção do turbo em motores Diesel veiculares.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Desconheço a origem do 6.360.05B.295, possivelmente é de uma das fábricas que ensejaram o nascimento da Iveco, talvez da OM, até em razão da incorporação.

      Grato pela atenção e pela visita!

      Excluir
  2. 150cv já era a potência líquida (din). A potência bruta era de 168cv(sae), conforme especificações acima. No mais, excelente trabalho!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Com razão, caro(a) leitor(a)!

      Inclui o catálogo da época mas não me atentei ao fato, bem observado - e já corrigido na postagem.

      Grato pela visita e a pronta observação!

      Excluir
  3. gostei muito ler a respeito, mais gostaria de saber como regular as vauvulas do 6.360-05b295, poque não sei a calibragem.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Agradeço a visita, mas, infelizmente, não disponho de dados técnicos sobre o motor 6.360.05B.295, inclusive regulagem de válvulas. Sugiro que você entre em contato com a Iveco para ver se a fábrica ainda tem algum manual técnico ou procurar em fóruns de mecânica ou com alguém que tenha mais experiência com diese, até mesmo no exterior.

      Obrigado pela visita e se achar alguma informação, postarei aqui!

      Excluir

Este espaço está sempre disponível para a sua contribuição. Fique a vontade e participe, será um prazer ler - e responder - seu comentário!