sábado, 11 de fevereiro de 2023

Avaliação da semana: Fiat Mille Eletronic (1993)

Hoje resolvi ser um pouco cabotino: vou trazer a avaliação do carro que tenho na garagem. Tudo bem, não é exatamente o mesmo (detalhes diferem, como adiante direi) e o meu Mille Eletronic vermelho Montecarlo foi faturado em uma concessionária do Rio Grande do Sul na semana que antecedeu o Natal de 1993, já como modelo 1994. Sim, é um legítimo 1993/1994, coisas que só no nosso mercado acontecem...

Fato é que o pessoal da revista Oficina Mecânica destacou Cláudio Carsughi para conhecer a novidade da Fiat para aquele ano no setor de compactos e avaliar se a ignição eletrônica (e não a injeção eletrônica que o nome Eletronic faz crer) e também Mário Villaescusa para retratar os detalhes do modelo, trabalho de ambos publicado na edição n. 75 da inesquecível revista Oficina Mecânica:




Mas se antes fui presunçoso, agora preciso ser modesto (realista, pra ser sincero) em dizer que não faria um relato melhor e não conseguiria imagens melhores; de minha parte, porém, posso apontar que meu possante tem pequenos detalhes diferentes, talvez por já ser modelo 1994: o volante espumado do Uno S deu lugar ao modelo simples, de plástico duro (mas muito bom de manusear, para meu gosto pessoal), a centralina está posicionada mais rente à lateral esquerda do cofre (e a bateria está acima dela), há o dispositivo Eco Box mais destacado ao lado direito do filtro de combustível, não há rodas de liga e o retrovisor direito está no lugar onde deveria. E sim, a pobreza do painel de instrumentos me dá uma enorme irritação, a ponto de pensar, no futuro, em instalar o painel de um Uno R e ser feliz.

E agora vou ser preciso em dizer que os resultados do teste de frenagem de 80km/h até a imobilidade em apenas 22,5 metros não parece lá algo muito possível, pode ser um erro de digitação. O meu, com pneus 165/70R13 deve gastar uns 28 a 30m sem travamento das rodas. De resto, o consumo é bem esse, não tão baixo quanto se pode imaginar, mas suficiente para a proposta e a época. Poderia ser melhor na velocidade padrão de 80km/h na qual costumo andar, mas, se o custo da maior vivacidade é esse, paciência.

E a respeito da minha (irrelevante) experiência pessoal em ter um destes desde 2019, digo: apesar de ser um carro com quase exatos trinta anos de idade e mais de duzentos e doze mil quilômetros percorridos, ainda tem um motor alegre, muito girador se provocado (a potência aparece lá em 6.000rpm), apesar de levemente prejudicado pela terceira marcha com sérias tendências de arranhar (dupla-debreagem e paciência resolvem). A suspensão não é muito macia, mas isto o torna fascinante em curvas. A margem de segurança numa utilização coerente para a idade e a velocidade padrão é muito grande, e se você quiser entrar mais quente numa necessidade (ou curiosidade), o substerço demora a chegar (e se chegar é tirar o pé do acelerador, girar mais o volante para dentro da curva e respirar que ele se apruma). 

Mas não se impressione: não ando rápido, nunca levei multa em meus anos de volante, nunca me acidentei ou fiz travessuras impublicáveis. E no meu brioso Mille, nem poderia andar rápido, nem almejar status ou conforto térmico pela crônica falta do ar-condicionado. Mas me divirto um bocado...

3 comentários:

  1. Roda de Stilo, escadinha no teto, rebaixado e com insufilme... suave na nave hehe.

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    1. Já vi um que teve o tanque de combustível mudado de lugar para poder ser rebaixado a um nível extremo.

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  2. Lembro de ter visto em novembro ou dezembro do ano passado um Uno Mille Electronic vermelho que me chamou a atenção pela aparente originalidade nas imediações da Beira-Mar. Possivelmente fosse até o teu. Foi em um fim de tarde, e eu estava levando a minha vira-lata para caminhar na Beira-Mar que ela gosta quando vamos em Florianópolis.

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