sábado, 5 de março de 2022

Saab Sonett II (1966)

Se eu dissesse que gosto da empresa Svenska Aeroplan Aktiebolaget numa roda de entusiastas, talvez alguém deduza a minha preferência por aeronaves de uma fábrica escandinava, mas nada faria alguém lembrar de automóveis. A não ser que alguns dos(as) circunstantes fale sueco, ai sim saberia que estou a mencionar uma firma que se chama Saab. Sim, a marca é um acrônimo da razão social, algo a facilitar muito a difusão em outros mercados, pois eu teria enormes dificuldades de pronunciar o nome inteiro...

Bobagens minhas à parte, a Saab - como o nome já indica - nasceu com o propósito firme de fabricar aeronaves e manter a neutralidade sueca por meio de sua forte linha de defesa militar, mas em 1949, tempos de pós-segunda guerra mundial, a necessidade de diversificar a produção para mantê-la viva fez com que se explorasse outros mercados. Foi uma decisão muito inteligente quando lembramos do cenário europeu de então, carente de veículos simples, leves, baratos e econômicos - e o primeiro fruto foi o Saab 92, aerodinâmico e eficiente. Não muito belo, mas extremamente engenhoso, na medida para aqueles duros tempos.

O Sonett II, lançado em 1966 (e que derivava do carro conceito de mesmo nome, finalizado em 1957 para a diversão de seus idealizadores), refletia tempos mais prósperos e pacíficos. Afinal de contas, se o 92 veio para contribuir no esforço do pós-guerra, o Sonett foi pensado para quem desejasse se divertir com um carro esporte compacto, leve e divertido, como o pessoal da Auto Esporte logo percebeu, tanto que foi alvo de uma notícia veiculada na edição n. 18, de abril de 1966:



Não sei se algum Sonett II veio para cá (na época ou depois), mas muitos sobreviveram ao uso esporte e ao tempo. E quanto ao modelo, bem, em 1967 recebeu um motor novo (um Ford V-4) e um novo desenho em 1970, não tão harmônico quanto o original. Saiu de linha quatro anos após, mas deixou saudade em muita gente...

Um comentário:

  1. Em termos de algum Saab raro, só lembro do último Skandia do mundo, em estado precário de conservação no interior de São Paulo. Detalhe que a VASP chegou a operar todos os Skandias produzidos, e um deles posteriormente pertenceu ao filho do criador do Biotônico Fontoura.

    ResponderExcluir

Este espaço está sempre disponível para a sua contribuição. Fique a vontade e participe, será um prazer ler - e responder - seu comentário!