Se eu dissesse que gosto da empresa Svenska Aeroplan Aktiebolaget numa roda de entusiastas, talvez alguém deduza a minha preferência por aeronaves de uma fábrica escandinava, mas nada faria alguém lembrar de automóveis. A não ser que alguns dos(as) circunstantes fale sueco, ai sim saberia que estou a mencionar uma firma que se chama Saab. Sim, a marca é um acrônimo da razão social, algo a facilitar muito a difusão em outros mercados, pois eu teria enormes dificuldades de pronunciar o nome inteiro...
Bobagens minhas à parte, a Saab - como o nome já indica - nasceu com o propósito firme de fabricar aeronaves e manter a neutralidade sueca por meio de sua forte linha de defesa militar, mas em 1949, tempos de pós-segunda guerra mundial, a necessidade de diversificar a produção para mantê-la viva fez com que se explorasse outros mercados. Foi uma decisão muito inteligente quando lembramos do cenário europeu de então, carente de veículos simples, leves, baratos e econômicos - e o primeiro fruto foi o Saab 92, aerodinâmico e eficiente. Não muito belo, mas extremamente engenhoso, na medida para aqueles duros tempos.
O Sonett II, lançado em 1966 (e que derivava do carro conceito de mesmo nome, finalizado em 1957 para a diversão de seus idealizadores), refletia tempos mais prósperos e pacíficos. Afinal de contas, se o 92 veio para contribuir no esforço do pós-guerra, o Sonett foi pensado para quem desejasse se divertir com um carro esporte compacto, leve e divertido, como o pessoal da Auto Esporte logo percebeu, tanto que foi alvo de uma notícia veiculada na edição n. 18, de abril de 1966:
Não sei se algum Sonett II veio para cá (na época ou depois), mas muitos sobreviveram ao uso esporte e ao tempo. E quanto ao modelo, bem, em 1967 recebeu um motor novo (um Ford V-4) e um novo desenho em 1970, não tão harmônico quanto o original. Saiu de linha quatro anos após, mas deixou saudade em muita gente...
Em termos de algum Saab raro, só lembro do último Skandia do mundo, em estado precário de conservação no interior de São Paulo. Detalhe que a VASP chegou a operar todos os Skandias produzidos, e um deles posteriormente pertenceu ao filho do criador do Biotônico Fontoura.
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