Ah, o Passat... Moderno e atualizado, a novidade da Volkswagen para o ano de 1974 (e para os demais daquela década, é claro) representou uma verdadeira revolução: para quem se gabava de ter veículos arrefecidos a ar, o Passat, com seu moderno propulsor com refrigeração líquida, era um tremendo golpe de modernidade.
Nem tudo, porém, foi brancas nuvens: os primeiro Passat, conquanto bons, sofriam com excesso de barulho na carroçaria e suspensão (projetos europeus sofrem nas nossas ruas...) além de uma mania desagradável do câmbio em chamar a marcha-à-ré quando se convocava a primeira velocidade. Fora o ventilador que atuava no radiador, tão empolgado que relutava em se desligar... Falhas aborrecidas, é claro, mas que foram solucionadas com o tempo, sem maiores percalços.
Por isso é tão interessante a gente ler um teste mais técnico da época, como o publicado na extinta revista Oficina Quatro Rodas (edição n. 33, de agosto/1977), para se ter uma ideia do desenvolvimento do carro e de como ele se comportava. Adianto que o Passat não fez feio!
Nada é perfeito, sobretudo um veículo feito em massa por seres humanos, falíveis e inconstantes. Porém, apesar das variáveis que assolam uma linha de produção, o Passat, com certa humildade e maturidade, resolveu os problemas de infância e alcançou uma maturidade poucas vezes vista, a ponto de em 1988 muita gente ter reclamado à Volkswagen por ter descontinuado a sua produção...
Apesar das críticas ao uso do motor MD-270 e câmbio com 4 marchas no Passat LSE de especificação iraquiana, e numa versão com duas portas e pacote de acabamentos semelhante que foi exportada para a Nigéria, o modelo mais interessante da linha do Passat B1 nacional foi o "Passat Iraque" mesmo. Também gosto do LDE que foi vendido em alguns países vizinhos com o motor a diesel, mas infelizmente para nós no Brasil estaria fora de cogitação.
ResponderExcluirO meu favorito dentre todos é o Passat GTS das últimas safras (um tio teve um destes, 1988, vermelho, impecável), mas gosto muito dos quatro portas, teria fácil um modelo LSE de especificação iraquiana (como o que outro tio teve), ar-condicionado geladíssimo e muito conforto.
ExcluirE sem dúvida, um LDE quatro portas seria altamente desejável, sobretudo por conta do atual preço da gasolina...
Grato pela visita!
Com um a diesel, seria tentador fazer experiências com o uso de óleos vegetais como combustível alternativo.
ExcluirLembro que a Motor-3 testou uma Saveiro (certamente com o mesmo motor do Passat LDE de exportação) movida com óleo de mamona, com resultados até bem promissores. Vou procurar o teste e posto aqui!
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