domingo, 20 de outubro de 2019

Monza SL/E 1982 (Teste Motor-3)

Um dos meus carros nacionais prediletos é o Monza. Ele tem uma história das mais interessantes: vendeu mais de 850.000 unidades entre 1982 até 1996 (quando foi aposentado de forma digna pelo Vectra, outro dos meus prediletos), foi o automóvel nacional mais vendido entre os anos de 1984 até 1986, foi tricampeão do título "Carro do Ano" da revista Auto Esporte (1983, 1987 e 1988), foi o primeiro carro à álcool com injeção eletrônica do mundo (1991, do modelo single point) e outras façanhas que nem me lembro agora...
 
Mas não é só por conta do histórico, mas também pelo conforto, potência (à exceção da versão 1,6, essa não muito bem lembrada por dever um pouco mais de força), acabamento (especialmente o Classic) e uma tranquilidade repousante ao dirigir. É bom ter um Monza e uma estrada aberta para andar rápido e com conforto e segurança.
 
O Santana, carro também excelente, tem um comportamento mais firme e esportivo, digamos assim (especialmente com o bom motor 2000); o Monza é pensado para ser confortável acima de tudo - e se o câmbio automático dele tivesse 4 velocidades, ah, seria imbatível... Mas, como ele não teve, prefiro a transmissão de 5 velocidades, com bom escalonamento e engates que considero bons. Se você prefere conforto como eu, vá de Monza e seja feliz.
 
Mas em 1982, ano do lançamento, o carro chegou até tímido, não mostrou todo o seu potencial de luxo e conforto assim, de pronto. Tivemos, primeiramente, a versão hatch equipada com motor 1,6 (o sedã e a versão 1,8 viriam no final do ano), que, se não era das mais rápidas, chamava a atenção pela modernidade do projeto. Aquela aura de carro mundial deixava as pessoas bastante curiosas.
 
Enfim, por falar em curiosidade, deixarei vocês na companhia de José Luiz Vieira e da Motor-3 de julho de 1982, edição com o primeiro teste completo do interessante Monza. Leia e divirta-se!
 
Melhor revista de automóveis editada no Brasil. Dispensa maiores comentários.


O interior era um pouco "pobre", os instrumentos também; tais problemas foram resolvidos em 1985, quando chegou às revendas o modelo 1986.




Celso Lamas é uma das lendas do design nacional. Não o conhece? Pesquise sobre ele, vale a pena!
 

 
Sim, o carro era meio soneca e deixava a desejar no consumo se comparado aos concorrentes da época. Entretanto, era só o começo da história desse interessante veículo nacional, que, ao longo dos anos, tornou-se cada vez mais interessante. Duvida? Qualquer dia desses eu publico aqui mais testes do Monza pra gente ler junto, o que acham?


6 comentários:

  1. As materias do JLV na Motor 3 sempre eram fantásticas. Bons tempos

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    1. Eram mesmo, poucas avaliações de hoje se comparam aos bons tempos da Motor-3. O mundo é outro, os carros são muito diferentes, mas, de todo modo, ficaram as revistas pra gente reler quando bate aquela nostalgia...

      Grato pelo interesse e pelo comentário!

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  2. O carro Monza São muito bom e muito forte

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    1. São, sim! Bem confortáveis e duráveis, até hoje a gente pode ver vários Monza rodando firmes e fortes por ai.

      Grato pela visita e pelo comentário!

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  3. Trabalhei com o Celso Lamas entre 1989 e 1990 na empresa em que ainda trabalho. Ele me contratou para trabalhar diretamente com ele e logo em seguida descobri seria para substitui-lo. Foi uma honra trabalhar com ele. Aprendi muito. Ele desenhava muito!! Era sensacional!!

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    1. Imagino o quanto de histórias você tem pra contar! CL deixou saudade (infelizmente não o conheci), mas até recentemente postamos aqui uma série de artigos dele sobre a arte de desenhar automotores e do texto podemos imaginar o quanto de conhecimento ele tinha para compartilhar.

      E se ele te escolheu para sucedê-lo, certamente você é muito talentoso, parabéns! E caso deseja, sinta-se à vontade para compartilhar conosco a sua experiência e suas histórias.

      Grato pela visita e comentário, abraço!

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