segunda-feira, 13 de maio de 2019

Propaganda da Semana: Chrysler Regente (1969)

Se tem um carro que eu acho interessante é o Chrysler Regente (ou o Esplanada ou mesmo o GTX), tanto que, se pudesse (ah, se eu pudesse...), teria fácil um de cada. E digo isso não apenas por ser fã de carteirinha da Chrysler, pra ser sincero.
É que a linha Esplanada, apesar de não ter sido concebida pela Chrysler do Brasil (e nem mesmo pela matriz americana ou as demais filiais europeias), é para mim das mais interessantes, pois os carros são derivados diretos da linha Simca Chambord, como se pode notar pelo uso do mesmo teto, das mesmas portas e demais itens do monobloco e detalhes funcionais e de acabamento.

Sim, o Esplanada e o Regente nasceram no final de 1966, como novidade para o ano de 1967, sob o signo da Simca (a qual, vale lembrar, teve a totalidade das ações adquiridas pela Chrysler naquela mesma época), tanto que, mal lançado, o Esplanada foi remetido à Detroit para uma série de aperfeiçoamentos mecânicos e estéticos.
No ano de 1968, mais precisamente na metade daquele já distante ano, a linha Esplanada/Regente ganhou uma nova frente com quatro faróis e outros pequenos acertos de estilo e de mecânica, todos mantidos para a linha 1969, como a gente pode ler nesta propaganda, do meu acervo:


O curioso do carro é que, apesar da origem francesa, o motor dele é derivado direto de um motor Ford (a fábrica da Ford em Poissy foi comprada pela Simca em 1954, herdando, com isto, os direitos de fabricação do já um tanto antigo V-8 flathead de 2,4l de cilindrada e 80cv de potência). O propulsor não era exatamente moderno nos anos 1960, tanto que foi aperfeiçoado no Brasil pela Simca até surgir o EmiSul (melhorias que foram revistas pela Chrysler nacional).
Nesta altura você até pode pensar que a linha Esplanada é uma turva mistura de elementos, mas o resultado da múltipla origem do Esplanada é dos mais homogêneos: o carro era bom, mesmo. Sofreu, é claro, com os problemas de qualidade que a Simca tanto lutou ao longo dos anos para eliminar, mas suas qualidades compensavam amplamente.

E lá nos idos de 1969, se você tivesse uns trocos no bolso poderia comprar um Regente, mais simples da linha (embora não dramaticamente empobrecido); um Esplanada, intermediário e até luxuoso, com calotas maiores e interior com materiais um pouco mais nobres; e, ainda, um GTX, esportivo que, apesar de contar com a mesma mecânica dos demais, dispunha de transmissão de quatro marchas com alavanca no assoalho (acolhida por um console) e confortáveis bancos individuais.
Pena que a linha não durou muito: em 1969 veio o Dart, lançamento que ofuscou as atenções da fábrica, que logo tratou de descontinuar a linha Esplanada. Uma pena mesmo, porque sobraram poucos remanescentes da linha Esplanada, infelizmente... 

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