segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Propaganda da Semana: Opala (1968)

Às vezes eu fico pensando na vida e percebo que o tempo voa; quase chegando ao trigésimo aniversário, já vejo mudanças no lugar onde nasci e cresci, tanto que posso apontar, com segurança, que, em determinados lugares, "antes tudo ali era mato".

O tempo é uma marcha inexorável, mas se envelheço é um bom sinal, porque só envelhece quem está vivo. E vivi o suficiente para comemorar o 50º aniversário de lançamento do Chevrolet Opala, talvez um dos mais icônicos veículos já produzidos em nossas terras.

Produzido até 1992 (eu tinha apenas um ano de idade, na ocasião), o Opala (e a Caravan, nascida em 1975 e descontinuada naquela época) era um automóvel e tanto, o primeiro produzido pela Chevrolet no Brasil. Antes, a marca americana, à exemplo da Ford, só se preocupava em produzir caminhões nacionais (e a montar automóveis com peças importadas dos EUA), mas sabem como é, o tempo passa e a decisão de fabricar um veículo nacional foi tomada e levada a cabo.

A Chevrolet gastou uma fortuna em publicidade antes mesmo do lançamento, gerando um clima de ampla expectativa.
Se você tivesse muitos cruzeiros novos na época, poderia escolher, em seu concessionário, o seu Opala novinho em duas versões de motor (2500, de quatro cilindros, e o 3800, com seis cilindros) e em duas versões de acabamento (padrão e a De Luxo), além de três opções de cores para o interior (preto, vermelho e azul claro) e outras sete para a carroceria (branco polar, preto formal, bege esporte, amarelo safári, verde antigo, vermelho granada e azul astral).

A carroceria era a mesma: um interessante sedã de quatro portas e seis lugares, com transmissão de três marchas acionada por uma alavanca espetada na coluna de direção; freios eram a tambor (não eram exatamente eficientes) e o carro, à exemplo do Dodge Dart (e do Galaxie), não tinha muitos opcionais.

Se o Opala é o "carro certo" como diz a propaganda, eu não posso afirmar. Posso aqui dizer uma dezena de carros que considero "certos". Até mesmo o simpático sedã da Chevrolet.

Não que o Opala tenha as suas limitações. Ao contrário: nada feito pelo homem é perfeito, mas conheço muita gente que diz que o Opala, se não é exatamente perfeito, chega bem perto da perfeição. Acreditem: apesar de decorrido meio século depois de lançado, muitos afirmam que o Opala, realmente, é "o carro certo".

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