sexta-feira, 28 de março de 2014

Propaganda da Semana - Fiat Uno Cabriolet Sultan 1987

Provavelmente você já deve ter lido algo a respeito neste espaço, mas não custa reforçar o fato de que entre nos anos de 1976 a 1990 era proibida a importação de veículos importados. Durante este tempo todo - quase quatorze anos - carro importado zero quilômetro só chegaria ao Brasil, via de regra, se fosse carro de embaixada. Exceções existiam, é claro; mas ter um reluzente carrão importado era coisa de poucos, muito poucos.

E este período de secura no mercado criou o forte segmento das modificações, à parte as fábricas que produziam em pequena série. Mas falaremos hoje daquelas que trabalhavam com modificações e re-estilizações.

Uma das mais famosas era a Sultan, concessionário Fiat de São Paulo. Esta revenda, inclusive, criou outras interessantes modificações, como o Prêmio Targa, lançado em 1986. Mas a propaganda da semana é do Uno Cabriolet Sultan, lançado em 1987:

Propaganda digitalizada do nosso acervo, publicada na edição de 03/1987 da revista Auto Esporte.
O concessionário Fiat praticamente criava um automóvel novo: dentro de um prazo de 45 dias, a firma fazia as muitas alterações necessárias, desde o corte da estrutura do teto (com a adição dos necessários reforços, inclusive com este elegante santantônio) até a aplicação de novas cores. Além disso, ampla margem de itens opcionais poderia ser tratada diretamente na hora da compra. Um carro com alto nível de personalização.

Claro, as alterações importavam no aumento de 134kg no peso do Uno básico. E estes quilos a mais influenciavam no desempenho, mas nada muito grave. A adoção da capota de lona diminuía o já diminuto porta-malas, além de tornar menor a largura do banco traseiro, destinado apenas a dois passageiros. São defeitos necessários, mas perfeitamente compreensíveis, pois o Uno Cabriolet era um típico carro de curtição, feito para se aproveitar uma manhã ensolarada na praia - e não para corridas ou para levar uma numerosa família para viajar...

Mas o Uno Cabriolet era bem divertido e com bom nível de acabamento. E ele tinha a exclusividade que um Escort XR-3, conversível original de fábrica, não tinha. Sem falar na maior possibilidade de personalização: virtualmente falando, cada Cabriolet era diferente do outro...

Não sei ao certo quantos foram produzidos, mas posso dizer que não foram muitos, infelizmente. Sobraram poucos, volta e meia aparece um à venda em algum site de compras. Mas o lugar dele na história já está assegurado.

Um comentário:

  1. Já cheguei a ver 3 desses. Um preto em Manaus na década de '90, um branco em Porto Alegre em 2007 e um vermelho em Porto Alegre em 2016.

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