Agora eu vou escrever uma obviedade: o Volkswagen Sedan, o Fusca, fez um tremendo sucesso. Uma febre, uma coqueluche - uma referência história. Gostemos ou não, a montadora alemã ganhou enorme fama graças ao simpático carrinho, ainda que ele não fosse um exemplo de modernidade.
Presente no Brasil desde 1950, quando as primeiras unidades, ainda importadas, começaram a ser vendidas por algumas concessionárias (Brasmotor e Bruno Tress, por exemplo), o simpático sedã é onipresente em nossa história: até o mais alérgico ao mundo automobilista sabe distinguir um Fusquinha dos milhares de automóveis existentes no mundo.
E essa popularidade, esse carisma, quase um carinho, encheu a fábrica alemã de confiança, de modo que as primeiras variações não demoraram muito para surgir: a Kombi (1957), o Karmann-Ghia (1962), o VW 1600 quatro-portas - conhecido marotamente como Zé do Caixão - (1968) e a Variant (1969). Desta última que trataremos hoje, a primeira perua fabricada pela VW do Brasil.
A Variola já nasceu forte, com o motor 1600 de 65hp herdado do VW 1600, o Zé. Os faróis dianteiros também são - mas a herança para por aqui, pois a Variant teve muito mais sucesso do que o já moribundo 4-portas.
Isso porque o seguimento das station-wagons nacionais foi simplesmente abandonado em 1967, com o final da DKW, razão pela qual a Vemaguet, simpática peruazinha, deixou de ser produzida. Aí ficou fácil para Variant reinar sozinha.
Predicados para tarefa ela tinha: externamente, seguia a conhecida sobriedade alemã, com cromados discretos e necessários; a frente, com os dois faróis do Zé não era das mais belas, mas não comprometia o resultado final; e a traseira, com uma tampa ampla, permitia o fácil acesso ao "porta-malas" traseiro.
Peça extraída do ótimo site propagandadecarros.com. O garoto propaganda é o ator Rogério Cardoso. |
Digo porta-malas entre aspas porque o compartimento traseiro não era necessariamente um bom lugar para bagagem, pois, numa colisão, os objetos voariam em direção aos pobres passageiros... De todo modo, sob este compartimento ficava o motor, o já conhecido 1600, apelidado de "motor plano", porquanto tem menor altura do que a unidade motriz dos Fusca, dando o aspecto plano. Porta-malas, mesmo, é o da frente, solução comum aos VW daqueles tempos.
O interior da perua era honesto, não muito espaçoso, mas adequado. Como na maior dos carros deste mundo, três pessoas viajam apertadas. E logo atrás delas segue o motor, escondido sob uma tampa, com pretensões termo-acústicas, mas que sempre deixava escapar barulho e calor. O quebra-vento no amplo vidro lateral ajudava muito na ventilação interna.
A Variola vendeu bem, obrigado. E foi uma honesta concorrente da Belina, a versão station-wagon do Corcel, arquirrival americano do besouro alemão. Em 1972, assim como a linha TL, da qual era umbilicalmente ligada, recebeu a nova frente, em forma de cunha, com faróis duplos, apelidada de cabeça de bagre. Recebendo pontuais modificações e atualizações mecânicas, foi produzida até 1977, oportunidade em que surgiu a Variant II, uma versão repaginada da nossa veterana Variant. Mas este é um outro caso, que fica para uma próxima postagem...
O interior da perua era honesto, não muito espaçoso, mas adequado. Como na maior dos carros deste mundo, três pessoas viajam apertadas. E logo atrás delas segue o motor, escondido sob uma tampa, com pretensões termo-acústicas, mas que sempre deixava escapar barulho e calor. O quebra-vento no amplo vidro lateral ajudava muito na ventilação interna.
A Variola vendeu bem, obrigado. E foi uma honesta concorrente da Belina, a versão station-wagon do Corcel, arquirrival americano do besouro alemão. Em 1972, assim como a linha TL, da qual era umbilicalmente ligada, recebeu a nova frente, em forma de cunha, com faróis duplos, apelidada de cabeça de bagre. Recebendo pontuais modificações e atualizações mecânicas, foi produzida até 1977, oportunidade em que surgiu a Variant II, uma versão repaginada da nossa veterana Variant. Mas este é um outro caso, que fica para uma próxima postagem...
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