Em muitas oportunidades eu já expressei o quanto gosto dos Galaxie. São carros ótimos, confortáveis, sólidos, maravilhas da engenharia de um tempo bom, mas que infelizmente já passou. Há, talvez, uma razão mais sentimental do que as acima citadas: nasci no dia em que o lançamento do Galaxie completou seu vigésimo quarto aniversário.
Deixando o sentimentalismo de lado, o Galaxie é um carro bem batuta de guiar. Nunca dirigi um sob chuva, mas há quem diga que não há carro melhor para andar sob tais condições. Pesado, macio e até que bem seguro, o sedanzão da Ford não faz feio, principalmente se os pneus estiverem em ótimas condições. Seu peso elevado e a sua suspensão tranquila fazem a viagem parecer um voo no tapete mágico do Aladim, ou coisa muito parecida.
E o conforto? Ah, o conforto... Recentemente andei em um Ford Edge, carro bem bacana, bem acessoriado, mas, em termos de conforto de marcha, o Landau ganha fácil (embora ambos sejam bons carros para se guiar na estrada). Típico carro que você coloca um copo cheio d'água no banco dianteiro, anda firme, e a água não cai no estofamento. Se você tem um estilo de pilotagem macio, com pegada firme, mas com muita tranquilidade, os Galaxie/Landau são do seu número.
Reprodução do acervo digital da revista veja. |
Como já falei do atacado, trato agora do varejo: a linha 1976 trouxe como novidade um leve redesenho nas linhas: frente e traseira re-estilizadas, marcando a característica grade de elementos horizontais e os duplos faróis, identidade visual que permaneceu até o fim, lá em 1983.
A linha 1976 era bem variada, contando com três versões de acabamento:
A linha 1976 era bem variada, contando com três versões de acabamento:
1ª) Galaxie 500: é a versão standard,
com acabamento interno mais simplificado, com menos adornos cromados. Mesmo assim contava com a transmissão automática e o
ar-condicionado na lista de opcionais (como todos os modelos da linha,
aliás). Foi a versão escolhida para o lançamento, lá no ano de 1967;
2ª) Ford LTD: assim como aconteceu com o Opala Comodoro,
ele nasceu como versão topo de linha (1969), mas, com o aparecimento do Landau,
ele assumiu o papel de modelo intermediário. Tinha o revestimento em
vinil no teto como item de série, mas o vidro traseiro era do mesmo
tamanho do Galaxie 500; e
3ª) Ford Landau: versão topo de linha,
acabamento muito esmerado (inclusive com o uso de casimira),
pintado em qualquer cor, desde que fosse prata continental. A combinação da foto, prata continental com o revestimento vinílico do teto na cor cinza, é uma das mais interessantes, na minha modesta opinião.
Para ser sincero, todos as opções da linha 1976 eram ótimas. Carros fantásticos, custavam uma nota, principalmente o Landau. Mas valiam cada centavo.
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