quarta-feira, 15 de abril de 2020

Catálogo da Semana: Kadett GSi Cabriolet (for export)

Criei-me em um bairro modesto da minha cidade natal, então, na infância, via muito os modelos mais antigos e simples: Corcel, Fusca, Brasília, Variant, Gol, Chevette e outros, muitos outros. Às vezes, bem às vezes, via um Opala Diplomata, um Santana/Quantum GLS, um Monza Classic ou mesmo uma Yamaha RD 350 (sem falar no vizinho que tinha uma lindíssima Yamaha 600XT Tènèrè azul, de segunda mão). Quando em vez via uma BMW da série 3, mas raro mesmo era ver um Kadett GSi conversível.
 
Também pudera! O carro custava uma fortuna, pois o seu processo de fabricação era dos mais interessantes: o assoalho e a frente eram feitos em São Paulo, depois o começo de Kadett viajava até a Itália, onde, aos cuidados do Estúdio Bertone, tinha a montagem finalizada, inclusive os vidros eram de lá. Terminado o serviço, o Kadett, agora mais inteiro voltava a São Paulo para receber a mecânica, os testes finais de acabamento e só aí estaria prontinho para ser recebido com muita festa em alguma das concessionárias Chevrolet do Brasil.
 
Mas o passeio na Europa fazia muito bem ao Kadett: eu via poucos na rua, mas chamava atenção adoidado! Lembro de um branco garboso, com filme espelhado nos vidros (ah, a terrível moda daquela época), motorista sorridente enquanto driblava as ruas de paralelepípedo e lajotas do meu bairro. Um disco voador não chamaria mais a minha atenção naquela tarde de verão...
 
O fato é que o bicho, produzido entre 1991 (já como modelo 1992) até 1994 (os últimos como modelo 1995), fez muito sucesso e divertiu muita gente! Tanto que a fabricante resolveu se lançar à importação do Kadett Conversível, denominando-o de Kadett GSi Cabrio (sim, ele é um cabriolet e não um conversível, notem bem), como nós podemos ver deste caprichado folheto, encontrado em uma busca recente do Google:
 
O visual era idêntico ao nacional, fazia muito sucesso e era moderníssimo

Caso o proprietário das imagens apareça aqui, manifeste-se para que eu confira os devidos créditos
O tempo voou desde a primeira vez que vi um destes, e os GSi sem capota tornaram-se ainda mais escassos. Pena, porque eu adoraria ter um destes para andar rápido em um dia de verão, justamente como fazia o dono do primeiro Kadett cabriolet que lembro de ter visto, lá nos idos de 1994/1995...

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