Lançado exatamente no ano deste catálogo, disponibilizado por David Marques do Santos para o nosso conhecido site Old Cars Manual Project, o Del Rey era uma interessante opção para quem procurava um automóvel mais luxuoso do que o Corcel e mais barato (e econômico) do que o Landau, o executivo por excelência da fábrica do oval.
Particularmente, penso que, se alguém da Ford pensou que o Del Rey poderia substituir o Landau, cometeu um grave erro: são propostas e projetos bem diferentes, e quem estava acostumado à potência de um saudável V-8, e o espaço interno de um carro grande, além de um conforto dinâmico que é padrão até hoje, o interessante Delra decepcionaria fortemente.
Mas, devo dizer, o simpático Del Rey é um carro que gosto muito: é confortável, com acabamento primoroso (principalmente na versão Ouro, posteriormente a Ghia) e uma suspensão macia o suficiente para assegurar maciez na rodagem. Meu primo teve um modelo Ghia, quatro portas, fabricado em 1985 e posso garantir que era um carro e tanto!
Voltando ao anúncio, do lançamento, vemos que o Del Rey era destinado ao mercado de luxo, e na época ele contava com interessantes opções, como o ar-condicionado (luxo de poucos modelos), o acionamento elétrico dos vidros das portas e dos retrovisores (que o Landau não tinha), teto solar (igualmente não disponível no Landau), painel de instrumentos bem completo (coisa que só o Alfa Romeo 2300 poderia oferecer naqueles tempos). Na versão quatro portas, era, além disso, confortável e bem acessível aos passageiros.
Era um convite tentador entrar num Del Rey, era um "compacto premium" para usar uma denominação mais moderna. |
Os bancos e laterais eram revestidos em um tecido luxuoso e macio; a versão das fotos era a Ouro (a standard, apelidada de "prata", era mais simples). |
Mecanicamente o Del Rey derivava do Corcel, como as rodas com três furos denunciam. A opção de acabamento interno bege era disponível, mas a cor preta dominava as vendas. |
Produzido até 1991, o Del Rey tinha um público muito fiel de admiradores, que apreciavam mais a maciez e o bom acabamento do que a modesta velocidade que o esforçado motor 1,6 poderia proporcionar. As coisas melhoraram em 1989 quando a Ford, em tempos de Auto Latina, instalou o saudável AP1800 no carro, emprestando maior agilidade ao pequeno executivo, mas esta é outra história...
Onde você acha essas propagandas em alta qualidade dos carros?
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