Na última postagem eu comentei sobre a Elba do meu pai, um bom modelo CSL 1990 4 portas, carro honesto, espaçoso, confortável e muito versátil no dia a dia. E eu, mesmo em 2018, teria uma destas pra usar diariamente, com certeza: cabe mais coisa dentro dela do que no meu Fiesta Sedan (se bem que o porta malas do modelo não é pequeno...).
Mas vamos hoje falar da linha 1990, das novidades que a Fiat trouxe para nós naquele ano, a começar pelo Fiat Uno Mille (uma retumbante novidade, da qual já falamos em outra
oportunidade, e que não consta neste catálogo), até o lançamento, em fins de 1989, da versão quatro portas da Elba. Antes do Tempra, o Prêmio e a Elba CSL eram os carros mais caros e vistosos da linha Fiat, como você poderá ver nas páginas deste interessante catálogo, gentilmente digitalizado por Sidney Machado Maciel na conta que ele mantém no Flickr:
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Antes do lançamento do Uno Mille, o Uno S era o modelo mais barato da Fiat, com seu motor 1300 a gasolina e a álcool, contava com um acabamento razoável, principalmente quando equipado com todos os opcionais. |
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A versão CS (de conforto super, em inglês, era a intermediária. Contava com calotas e um acabamento interno mais caprichado, especialmente quanto aos tecidos empregados. Era uma boa opção na época. |
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A versão esportiva da Fiat era o interessante Uno 1.6R: andava bem (consumo não é a prioridade, notem bem) e fazia curvas como poucos. Divertidíssimo de guiar, um dos carros que você deve guiar antes de deixar este plano físico. |
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A Elba S era a perua de trabalho, uma opção prática e barata para quem precisava de um maior espaço. As duas portas faziam uma tremenda falta na versão de entrada, algo que a Fiat só resolveu em 1993, quando lançou a versão Weekend (a primeira Elba "básica" com quatro portas). |
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Pra mim era um contrassenso ter uma Elba com acabamento topo de linha e apenas duas portas. Coisas de um pais com a cultura de duas portas, como a Belina e a Caravan, peruas que morreram sem ter quatro portas, podem confirmar. |
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Esta é a Elba da outra postagem, inclusive na mesma cor da que o meu pai teve. Pouco preciso falar dela, era um carro e tanto, teria uma destas hoje. |
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O Prêmio S, de super, não era exatamente muito potente: diferentemente da Elba S, ele contava com o motor 1300, tampouco teve direito a ter uma calota plástica que cobrisse a roda toda. Mas, apesar da pobreza, era um carro bom, ágil e fácil de guiar na cidade. Carregado, na estrada, exigia paciência... |
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Tudo o que disse do Uno CS se aplica ao Prêmio CS: melhor acabamento e conforto, com a vantagem de a versão intermediária do Prêmio contar com o bom motor 1600. |
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O que a Fiat não fez com a Elba, fez com o Prêmio: a versão SL (de super luxo), era uma espécie de versão intermediária com 4 portas. Lembro que o painel desta versão era o mesmo da top de linha, mas sem o vacuômetro e o conta-giros (no lugar dele morava um relógio gigante) e o check control (que, afinal de contas, nem fazia tanta falta). Esta versão é um bocado difícil de se encontrar, ultimamente. |
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Se bem me lembro, a revista Quatro Rodas o chamava de "executivo compacto". E era esta a ideia do Prêmio: um carro pequeno, mas confortável e com alguma dose de luxo, perfeita para o tempo em que manter um Opala não era fácil. |
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Por fim, as mensagens sobre garantia e tal |
Vendo este monte de Fiat me lembrei que o meu tio teve um Prêmio CS 1986, preto, bem bacana, mas é história pra outra postagem...
Adorei ver o histórico desses carros. Meu primeiro carro foi justamente um Prêmio CS, vendemos mas fui busca-lo novamente. E agora estamos tentando recupera-lo. Mais fácil agora com esses dados como base
ResponderExcluirObg.
Que bacana, ótima história! Se precisar de mais materiais me mande um e-mail que eu posso ver se acho mais algo pra te ajudar (douglasantunespacheco@gmail.com)
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