1979- Mais portas, mais versões.
1979 começou, mas a versão GP terminou... A versão esportiva do Chevette não aguentou a virada
do ano. O fim foi melancólico, sem despedidas: simplesmente não apareceu nos catálogos e nem nas tabelas de preço.
O Chevette GP durou
três temporadas (1976-1977-1978), mas não emplacou em nenhuma delas. Não, não
tenho nada contra esta versão. Apenas penso que o Chevette GP poderia ter sido
mais bem aproveitado. Aliás, quem não se lembra do Corsa GSi, nos anos 90? Ou o Uno Turbo, um
legítimo pocket rocket, lançado em 1994?
Os pocket rocket (foguetes de bolso, numa tradução livre) são aqueles
carros pequenos de excelente desempenho, com uma mecânica feita visando a performance, além do esmerado acabamento esportivo. O Chevette GP poderia ser o
primeiro destes no Brasil, mas, por questões mercadológicas, não o foi. Tempos
depois surgiu outra versão do Chevette com pretensões esportivas. Mas isto é
prosa pra outra oportunidade...
Se uns vão, outros vêm: a Chevrolet trouxe duas novidades para o último ano da década de setenta: a versão quatro portas e a Jeans. Aquela versão era uma novidade, a primeira variação da carroçaria básica lançada em 1973. As portas mediam 94 cm (frente) e 92 (traseira), ante os 108 cm da porta da versão cupê:
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Esta foi a primeira variação da carroçaria do Chevette (Foto: Heitor Hui/QR) |
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As portas foram pintadas por dentro pra dar reforçar o fato de que o interior era monocromático (Foto: Heitor Hui/QR). |
Eram disponíveis duas
versões de acabamento: a básica e a SL, com os itens idênticos aos das outras
versões. Uma ausência muito sentida era que, em nenhuma versão, a “trava de crianças”, que impede
a abertura das portas traseiras por dentro quando acionada, era disponível.
Apesar de ser uma boa novidade, e de seu belo desing, a versão com duas portas a mais nunca foi sucesso de vendas por aqui. No Brasil, até os anos 80, imperava a cultura das duas portas. Culpa do Volkswagen Sedan? Não sei dizer com a necessária certeza, mas o brasileiro não comprava carro quatro portas como compra hoje.
Apesar de ser uma boa novidade, e de seu belo desing, a versão com duas portas a mais nunca foi sucesso de vendas por aqui. No Brasil, até os anos 80, imperava a cultura das duas portas. Culpa do Volkswagen Sedan? Não sei dizer com a necessária certeza, mas o brasileiro não comprava carro quatro portas como compra hoje.
Na época, a versão quatro portas do Chevette foi encarada como uma tentativa de oferecer um produto novo no mercado, visto que o Fiat 147, o Corcel II, o Polara e o Volks Sedan não tinham versão quatro portas. O único concorrente deste filão de mercado era o Brasília quatro-portas, também lançado em 1979.
Porém, no exterior, a versão foi bem aceita. Nosso Chevette era exportado
para diversos países; sabem como é: santo de casa não faz milagre...
A outra novidade para '79 foi a
festejada versão Jeans. O nome não era em vão: o revestimento interno foi feito
totalmente em brim, tal como as calças Lee. Nos bancos e nas portas foram
feitos bolsos (falsos) como numa calça jeans:
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Um carro alegre, despojado, para o público jovem: Chevette Jeans (anúncio: reumatismo car club .com) |
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Foto: Cláudio Larangeira/QR de Abril de 1979. |
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Alguns detalhes do carro (fotos: Opaleiros do Paraná.com). |
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O primeiro veículo nacional a usar jeans: Gurgel Xavante Blue Jeans (fotos: Heitor Hui/ QR de 04/77). |
Além dos acontecimentos descritos acima, a linha 1979 trouxe um opcional interessante: a dupla carburação. O
carburador com corpo duplo era oferecido a todos os modelos, e tinha a vantagem de aumentar a
potência do motor 1.4 em 1cv (passou para 69cv) e 0,3 kgfm a mais no torque
(10,1 kgfm ao todo).
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Anúncio: reumatismo car club .com. |
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Foto: Heitor Hui/Quatro-Rodas. |