terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Catálogo da Semana (Linha Voyage 1993)

Meu avô, antes de ter um Chevette DL 1992, teve um Voyage 1986 atualizado para 1991, inclusive com o painel mais moderno. Dele não me lembro muito, mas sei que era um veículo dos mais interessantes, prático, confortável e bem durável, características que comoviam meu saudoso avô no momento de escolher um veículo.

A Volks também sabia dos predicados do sedã Gol e cuidava bem dele. Para o ano de 1993, a Volkswagen não trouxe retumbantes novidades, o impacto viria no ano seguinte, 1994, com a funda reestilização na linha Gol que acabou não vindo para o sedã, que morreria em 1996 ainda com a carroceria comumente chamada de "quadrada". Mesmo sem causar o impacto do novo, o confiável Voyage tinha muitos predicados e era uma ótima opção na época (eu teria um destes, com certeza), como nós podemos avaliar no catálogo abaixo, gentilmente disponibilizado por Sidney Machado Maciel no Ficrk dele:


O Voyage, a bem da verdade, não era exatamente espaçoso internamente (nisso o Prêmio tinha vantagem, embora o Gol sedã ganhasse do Chevette), mas o acabamento, principalmente na versão GL, era bem executado.
 
A versão CL era a de entrada: mais simples e barata, foi a mais vendida, embora não deixe muito a dever à GL, principalmente se estivermos falando de um Voyage CL 1.8, equipado com o saudável AP1800.

O painel das versões CL era mais simples, como se pode notar pelo volante com desenho simplificado, não havia relógio no painel, tampouco os comandos de teclas ao lado do quadro de instrumentos. O motor standard era o AE 1600, o velho e confiável motor Ford CHT com aperfeiçoamentos e nova roupagem.
 
Aqui vemos a versão topo de linha, o Voyage GL, que poderia receber até rodas de liga de desenho um tanto quanto esportivo; o vidro traseiro, para alegria e alívio dos passageiros, era basculante.
 
O painel da linha GL dispunha de um enorme relógio (no lugar do útil conta giros) e de comandos, na forma de teclas, instalados em volta do quadro de instrumentos (o famoso "painel satélite"). As calotas plásticas integrais hoje são terríveis de se encontrar, ficaram raras (e eram idênticas às do Logus/Pointer GL.

Era item de série o logotipo colado na tampa traseira, vejam só!
 
Em termos de mecânica, o Voyage era muito bem servido. É certo que o AE 1600 jamais ganharia concurso de modernidade, mas era uma opção válida à época, econômica e robusta.
 
A Volks tinha, de longe, a maior rede de concessionários no Brasil, e disso tirava proveito nas peças publicitárias.
O Voyage era um carro muito correto, até honesto: cumpria exatamente o que prometia e era confiável como a pontualidade de um trem britânico, tanto que formou uma legião de fãs que até hoje sabem dar o valor a este interessante Volkswagen.

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