domingo, 21 de maio de 2017

Sinais dos tempos

Em tempos idos, quando o automóvel era uma enorme novidade e as estradas não eram lá essas coisas (sim, as estradas do começo do século XX eram muito piores do que as atuais, pode ter certeza). E o mesmo ocorria com a sinalização (quando havia, é claro), naquele período ninguém ainda tinha proposto que os sinais pictóricos de trânsito deveriam ser padronizados, aí a criatividade ajudava a reforçar o perigo e chamar a atenção dos "automobilistas imprudentes".
 
Tanto era assim que os trechos mais perigosos eram advertidos com muita ênfase, como se pode tirar dessa interessante placa, instalada no começo da década de 1920, antes da temida "curva da morte", em algum lugar da antiga estrada São Paulo-Santos:
 
Esta imagem veio do excelente livro "Automóvel no Brasil: 1893-1966", de Vergniaud Calazans Gonçalves (Editôra do Automóvel: São Paulo, 1966, p. 29)
Três fatos são dignos de uma reflexão: 1º: e se o motorista fosse analfabeto, como ia saber do limite de velocidade imposto? 2º: como se fiscalizaria o excesso de velocidade (só se tivesse um cronômetro para medir a velocidade em um trecho determinado, em um cálculo que tinha de ser feito com alguma paciência). 3º desde aquela época tinha um pessoal imprudente, que acelerava demais e pensava de menos. Ou você achava que esse problema de fiscalização é coisa recente?

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