segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Como fazer um Chepala (Motor-3) (Parte IV - final)

Sem a contribuição dos leitores este espaço não teria a menor graça. Digo isso porque um de nossos atentos leitores recordou que a revista Motor-3 publicou uma quarta reportagem sobre o maravilhoso Chepala 2,5, agora o teste com a relação de diferencial 3,54:1. Esqueci de incluir na época em que fiz as digitalizações anteriores, mas sempre há tempo de corrigir nossas falhas:



A capa da edição nº.69, de março de 1986, anunciava as novidades do mercado europeu, a começar pelo fantástico Audi 200 Quattro, época em que a tração integral era uma tremenda novidade. Aqui, o Prêmio e o Santana, conquanto não fossem exatamente novidades, eram recentíssimos.
 




Notem que o JLV bem descreve as possibilidades do carro - e de como a relação do diferencial pode alterar substancialmente o comportamento dinâmico. Se bem escolhido, certamente formará um conjunto que vai agradar em cheio o dono.



Agora sim, esta é a última parte das reportagens da Motor-3 sobre o fantástico projeto do Chevette 2,5. Claro, ela não para por aqui - sabemos, por exemplo, da existência de diversos Chevette 4,1/S (além de tantas outras possibilidades) e o espaço está sempre aberto para tais informações. Se gostamos de carros originais, também devemos reconhecer que um Chevette bem preparado, com responsabilidade e segurança, tem um alto índice de diversão ao dirigir!

domingo, 5 de julho de 2015

Catálogo Chevrolet Carvan Comodoro (1978)

Ainda não me cansei de navegar no site oldcarmanualproject.com. - e espero que vocês também não tenham se cansado de ver estes interessantes materiais, gratuita e gentilmente disponibilizados para todos nós.

Bem, hoje é dia de falar desse interessante catálogo da não menos interessante Caravan Comodoro 1978. Lançada quatro anos antes (no finalzinho de 1974, já como modelo 1975), a Caravas foi a primeira perua fabricada pela Chevrolet (a segunda só viria na outra década, a Marajó) e a segunda variação de carroceria do Opala (a primeira, nascida em 1971, foi a versão cupê).

Mas a Caravan, ao menos no começo de sua história, vendia uma ideia de praticidade, diria mesmo de trabalho (e diversão, se equipada com o interessante motor 4100), sem que houvesse uma ideia de luxo ou de esportividade, ideias adotadas nos Opala.

Porém, no ano em que a GM resolveu criar uma versão esportiva da carismática perua (a Caravan SS, que "levava tudo na esportiva"), alguém teve a ideia: e que tal vestir o traje de gala no utilitário?

O resultado foi a Caravan Comodoro, interessante proposta de luxo e praticidade. Evidente, a perua seria muito mais prática se tivesse quatro portas (algo que, infelizmente, nunca teve), mas não era diferente de outras opções da época (Belina e Variant II, por exemplo). Quem precisava de mais portas e espaço, serviria-se melhor da Veraneio, mais parruda, conquanto mais gastona.


Interessante notar que a Caravan do catálogo é uma rara versão básica (com câmbio de três velocidades com acionamento na coluna de direção e bancos inteiriços) com a tapeçaria de cor vermelha (outra novidade da linha 1978), configuração que você não vê todos os dias...

Fato é que a versão Comodoro fez sucesso, perdurando até 1985 como a versão top da Caravan, até a chegada da versão Diplomata na linha 1986, quando passou a ser o nível de acabamento intermediário. Mas esta é outra história...

sábado, 6 de junho de 2015

Folheto de Treinamento Variant II (1977)

Uma vez mais, trago aqui para prosearmos mais uma das muitas e interessantes descobertas do site oldcarmanualproject.com. Se você estiver sem muito o que fazer, num desses dias de folga, recomendo fortemente uma visita ao site, lá a diversão é garantida.

Mas, como você resolveu ficar por aqui, vamos ao assunto da postagem: a Variant II. Lançada em 1977, já como modelo de 1978, ela veio ao mundo com a duríssima missão de substituir a conhecida e consagrada Variant, já com sete anos de estrada. E, é claro, garantir a participação da Volkswagen no setor das peruas (ou station-wagon, caminhonetas, como queiram), defendendo-se da recente Belina II e da já consagrada Caravan com motor 2500.

Seu nascimento, em 22 de novembro de 1977, talvez pela pressão, não foi dos mais tranquilos. Antes de chegar às revendas, a fábrica sofreu com uma séria vibração nas rodas dianteiras, culpa dos discos de freio dianteiros mais espessos do que deveriam ser. Até o problema ser resolvido, bem, a produção não decolou (mais detalhes na Quatro Rodas de abril de 1978, p. 22) . Depois, é outra história: a Variant II é um carro muito interessante.

Ela trouxe muitas novidades, a exemplo da suspensão dianteira tipo McPherson, coisa nova nos Volks aircooled nacionais. Até o quadro de instrumentos era bacana, tanto que foi aproveitado para o Gol, retumbante novidade lançada três anos depois.

Com tantas novidades, a Volks não deixaria passar essa oportunidade, tanto que bolou esse folheto de treinamento, para o pessoal se acostumar com as novas bossas da nova perua:



























A Variant II durou até 1981, não foi exatamente um sucesso de vendas, embora os defeitos iniciais não mais atormentassem a fábrica ou seus usuários. Até hoje ela é meio esquecida, vemos poucas nas ruas, algumas a venda com preço muito interessante, uma dica para quem quer um carro antigo, raro, interessante e com preço camarada.

Bem, gente, mais uma vez reitero que as imagens aqui divulgadas são exatamente as que encontrei no oldcarmanualproject.com - e agradeço ao site americano e o automobilista que disponibilizou essa preciosidade para todos nós (e que faço questão de divulgar o nome, se ele se apresentar) Ah, e ainda tem muita coisa bacana pra gente prosear...

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Catálogo Linha Ford 1979

 Lá em 1979 (e isso já faz um certo tempo, meu povo!), a Ford do Brasil completou 75 anos de Brasil - e tinha muitos motivos para comemorar. Afinal, tinha uma rentável linha de automóveis, utilitários, caminhões, tratores e até mesmo de eletroeletrônicos (quem não se lembra da Philco-Ford?). Nenhuma das fábricas de então tinha linha tão variada (nem ela própria vende mais tratores, por exemplo), daí a razão de um catálogo tão sortido, tão variado.

Falando nessa linha tão interessante, naquele ano, as maiores mudanças ficaram para os modelos Galaxie/LTD/Landau, alvo de vários pequenos carinhos, como o ar-condicionado integrado ao painel (não mais aquele caixote dependurado, já obsoleto em 1979), ignição eletrônica e pneus radiais. Ah, e não podemos esquecer - pois não aparece no catálogo abaixo - o maravilhoso Ford Landau Edição Especial. É uma série especial de 300 unidades do carro topo de linha da marca do oval, todas pintadas na elegante tonalidade bordeaux scala metálico, com todos os luxos de um já exclusivo Landau, além de uma plaqueta dourada no porta luvas, para lembrar dos bem vividos 75 anos da fábrica.

O catálogo (igualmente localizado no oldcarmanualproject.com) é bem interessante, e conta, inclusive, com os acessórios de fábrica. Dentre todos (alguns, aliás, deveriam ser item standard...), o que mais me chamou a atenção são os pneus diagonais com faixa branca para a linha Galaxie, em substituição aos excelentes, conquanto menos charmosos, radiais de cinta de aço. Eram outros tempos...

Divirtam-se!














E virão mais catálogos, pessoal! Temos muito o que prosear.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Catálogo Volkswagen SP-1/SP-2 (1972)

Dia desses eu comentei com vocês sobre uma recente descoberta minha, o site oldcarmanualproject.com, repleto de coisas bacanas, interessantes e altamente publicáveis, tanto daqui quanto do estrangeiro.

Hoje é dia de enfeitar esse espaço com este interessante catálogo do não menos interessante SP-2. O SP-1, primo pobre e muito discreto do SP-2, é um daqueles carros raros, muito raros, a ponto de a própria fábrica ter pouco material sobre ele. Tanto é assim que vocês notarão queo material publicitário é feito todo sobre a versão luxuosa, o SP-2.

Tudo bem, mas vemos muitas diferenças entre eles? Sim, são várias, não muitas, mas nada muito radical. As mais evidentes estão na frente e traseira: o focinho do SP-1 não tem os frisos cromados do irmão rico; na popa o motor do SP-1 é o 1600, ao passo que o SP-2 tem o interessante 1700, com mais cavalos e um pouco mais de apetite.

Claro, apesar da simplicidade do SP-1 (refletida em detalhes de acabamento, mais modesto no "1"), o estilo se sobressai nos dois. Poucos carros dos anos '70 foram tão ousados quanto ele, de perfil baixo, altura digna de um Interlagos ou de um Puma. O bicho é tão baixo que mal bate na minha cintura; é o carro mais baixo produzido no Brasil (incríveis 1.158 mm de altura), a ponto de ganhar o jocoso apelido, conquanto razoavelmente verdadeiro, de "cunha de carreta"...

Falando em apelidos, havia quem sustentasse que o SP era de "sem potência", em razão da limitada performance que os motores air cooled poderiam oferecer. Maldade, gente, o carro até que andava bem para os padrões da época,  tanto quanto seus companheiros de mecânica, como o Karmann Ghia TC, o Puma VW, o Lorena e outros tantos interessantes esportivos com mecânica Volks).

Realmente, o SP-2 não era lá um fenômeno no quesito de desempenho dinâmico (menos ainda o SP-1), mas o desempenho estático era garantido: o carro era (e ainda é) um charme. Passear com um bicho desses na rua é a certeza de chamar muita, muita atenção!

Puxa vida, já falei demais, vamos ao catálogo:





Então, gente, mais uma vez reitero que as imagens aqui divulgadas são exatamente as que encontrei no oldcarmanualproject.com - e agradeço ao site americano e o automobilista que disponibilizou essa preciosidade para todos nós! Ah, e ainda tem muita coisa para gente prosear.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Catálogo Linha Opala 1981

Meu povo,

Depois de um bom tempo sem postar nada (é a velha falta de tempo, sabem como é...), tropecei acidentalmente em um excelente site de fartíssima literatura automotiva, inclusive de reclames, os bons e velhos anúncios e catálogos de automóveis: http://oldcarmanualproject.com/

Dentre tanta coisa bacana - tem muita coisa interessantíssima - achei vários catálogos e anúncios nacionais, dos nossos clássicos, à exemplo do catálogo da Linha Opala 1981. De importante, como vocês poderão ver, a fábrica da gravatinha providenciou a renovação do interior da linha (melhor, terminou o serviço de reestilização iniciado em 1980), assunto que já rendeu prosa por aqui.

As imagens que apresento aqui foram disponibilizadas pelo site americano, tal como as lanço aqui, sem créditos ou outras referências (se alguém a tiver disponibilizado ao site americano, por favor avise que faço questão de creditar a fonte, como forma de agradecimento e reconhecimento pelo trabalho). É um catálogo muito bonito!
 
Bom, gente, já falei demais. Vamos às imagens!











Deixo aqui o modesto agradecimento ao site pela disponibilização de tantos e tantos anúncios interessantes, fonte de muita informação preciosa - e trarei nas próximas postagens algumas coisas interessantes para a gente prosear.
Aguardem!