quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

História do Chevette (1976-1977)

1976- Um Chevette para corridas?

A linha Chevette 1976, lançada em outubro de 1975, trouxe algumas boas novidades: a taxa de compressão dos motores aumentou de 7,3:1 para 7,8:1, trazendo uma economia de 10% no consumo de combustível (mesmo que às custas de eventuais batidas de pino e alguma autoignição por conta da péssima gasolina amarela), e a suspensão foi reformulada com a adoção de molas traseiras mais macias e amortecedores recalibrados, com novos coxins no motor.

Prospecto da linha 1976 (Quatro-Rodas,1975)
Como bem vemos no anúncio, a linha para 1976 trouxe a criação e o reposicionamento de versões. A linha era composta pelo Chevette Especial (básico, liso de tudo), o Chevette Luxo (o antigo modelo “padrão”, por assim dizer), o Chevette SL e a versão esportiva Chevette GP. Por falar neste, vale à pena nos alongarmos na história desta versão lançada no GP de Fórmula 1 de 1976. 

Moco no pódio (Foto: Lemyr Martins/Quatro-Rodas)
O Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 em 1975 foi inesquecível. O pódio trouxe uma novidade aos brasileiros: José Carlos Pace (o Moco) e Emerson Fittipaldi formaram a primeira dobradinha brasileira da F1. Provavelmente o pessoal do Marketing da Chevrolet, antevendo um bom GP de 1976, tratou logo de aumentar sua participação publicitária no GP de Interlagos. E alguém teve a ideia de fazer um Chevette que tivesse alguma ligação com esta corrida. Aliás, o carrinho serviria como uma eficiente propaganda para marca- e seria lançado num ambiente bastante interessante, um autódromo.


(Foto: Milton Shirata/QR de Agosto de 1976)
Muitos criticam o porquê de a Chevrolet escolher um Chevette e não um Opala SS 4.100...(Já pensaram num Opala SS com carburação quádrupla, comando de válvulas brabo, freios a disco nas quatro rodas e bancos revestidos em couro?). Mas aqueles eram os tempos das vacas magras. Aquela maldita crise do petróleo (não é fixação minha falar dela, mas é que não dá pra falar de carros dos anos 70 sem lembrar-se dela...) tratou de esfriar um pouco o ânimo daqueles sedentos por desempenho... O Chevette GP 1976 era filho daqueles tempos. Era como um Corcel GT: esportivo porque alguém resolveu que ele era assim- e não por vocação.

Foto: Luigi Mamprin (QR de Janeiro de 1976)
Para diferenciar da versão comum, o Chevette GP recebeu faixas em preto-fosco no capô, porta malas e na parte inferior das laterais. Nas portas aplicaram o logotipo GP (Gran Prix- Grande Prêmio). O retrovisor externo era novo, em formato aerodinâmico, pintado também em preto fosco. Pra completar o conjunto, outros elementos, que nas versões mais luxuosas eram cromados, foram pintados de preto. Caso dos frisos do para-brisa, dos contornos dos vidros e também da grade dianteira. O terminal do cano de descarga era cromado e as rodas eram novas, com tala de seis polegadas. Faróis auxiliares foram instalados para reforçar o aspecto esportivo.
(Fotos: Milton Shirata/QR de Agosto de 1976)

Mecanicamente falando, a única modificação era o aumento da taxa de compressão: de 7,8:1 para 8,5:1. Esta alteração teve duas consequências práticas: o aumento de 3cv na potência (69cv para 72cv), e a necessidade de adicionar 20% de gasolina azul a comum para evitar as batidas de pino. Apesar do desempenho fraco, o Chevette GP mantinha todas suas características positivas, como o ótimo conjunto de transmissão. No teste da Quatro-Rodas, publicado em Janeiro de 1976, Cláudio Carsughi definiu o modelo:
“Mas estes detalhes [de estilo e acabamento] que, em última análise o proprietário pode resolver sozinho e sem gastar muito, são praticamente anulados pelas qualidades intrínsecas que o Chevette tem. E que fazem desejar uma versão realmente esportiva, capaz de aproveitar a excelente estabilidade do carro, seu ótimo câmbio, com engates secos e precisos, sua transmissão sem problemas. Uma versão que, infelizmente, o Chevette GP apenas deixa entrever, bem ao longe”. 
Ah, só para constar: nenhum brasileiro chegou ao pódio no GP de 1976. Niki Lauda venceu a prova. José Carlos Pace chegou em décimo, Fittipaldi em décimo terceiro.

O SL era um Chevette com roupa de domingo... (Foto: GM)
O Chevette SL, outra novidade da linha, foi lançado em 1975 como modelo 76. A versão Super Luxo trouxe uma agradável inovação: a possibilidade de escolha da cor do revestimento interno, monocromático preto ou marrom. Na verdade, o revestimento marrom não era tão monocromático assim. O acabamento plástico do volante (que aciona a buzina), o quadro de instrumentos, os difusores de ar, a chave de seta, a alavanca de câmbio e outros detalhes eram pretos. Porém, era uma forma de fugir da monotonia dos interiores pretos. (Bem que os carros da GM de hoje também poderiam ter outras opções de cores para o interior...).

Foto: Luigi Mamprin (QR de outubro de 1975)
Internamente o SL tinha um bom acabamento, com arremate bem cuidado. Os bancos eram de encosto alto, reguláveis na inclinação (milimetricamente) e na distância. Os pedais, idênticos ao do modelo GP, eram maiores que os utilizados no restante da linha, e seus com contornos eram cromados. Na parte externa uma discreta faixa nas laterais (na altura das maçanetas das portas), e outra mais larga entre as lanternas traseiras, diferenciavam a nova versão.  Pra resolver o problema da falta de cromados a GM não economizou: até mesmo as lanternas traseiras eram envolvidas por frisos cromados. Um reforço no material de isolamento acústico completa o pacote de luxo disponível no modelo SL.

Foto: Divulgação GM. Material disponibilizado no site chevettemaniac.com
Para completar o ano, a Chevrolet lançou sua primeira série especial no Brasil: o Chevette País Tropical. Era uma edição limitada, fabricada até meados de junho de 76, que nada mais era do que um pacote de opcionais instalados no modelo luxo. Por Cr$ 2.800,00 (R$ 3.936,41, em 2014) comprava-se o pacote com rádio AM/FM com toca-fitas estereofônico, dois alto-falantes com balanceamento do som, rodas idênticas ao modelo GP (embora pintadas em outras cores), retrovisor aerodinâmico (o mesmo do modelo GP, pintado na cor da carroçaria), bancos reclináveis (do modelo SL) e faixas laterais na parte inferior das laterais pintadas na mesma cor das rodas. A versão limitada era disponível em duas cores: bege (com rodas e faixas pintadas em marrom) e marrom (com as rodas e faixas de cor bege). 

A atualização dos valores foi feita em 2014, vale lembrar
Contabilizando todas as versões, em 1976 foram vendidas 70.733 unidades. E é bom lembrar que neste ano surgiu um concorrente para o Chevette: o Fiat 147, que ficou no mercado até 1986, substituído pelo Uno.

E por falar em comparativos entre outros carros, vale a gente recordar deste teste da revista Quatro Rodas, da edição de abril de 1976, no qual o Chevette Especial foi chamado para o combate contra o Volkswagen Sedan 1600:

 



 



1977- Reforma Interior
O estilo do Chevette, moderno no lançamento, já contava com quatro anos de estrada. Não que isso fosse problema no Brasil, até porque o Volkswagen Sedan sempre teve o mesmo desenho básico durante sua enorme carreira. Mas Fusca é Fusca, Chevette é Chevette. E o público começava a clamar por mudanças exteriores. Atenta, a Chevrolet preparava uma nova dianteira para o sedan. Mas o face lift ficou mesmo para 1978. Mas nem por isso a linha 1977 deixava de trazer novidades. Ao contrário: as reformas de 1977 eram interores, quase como se a Chevrolet preparasse o interior e a mecânica do Chevette para receber o novo desenho.


Painel da versão SL. Foto: Cláudio Larangeira (QR de 10/1976)
O interior da linha Chevette 1977 era bem melhor: instalaram um contorno cromado no quadro de instrumentos e difusores de ar; os instrumentos ganharam novo grafismo muito mais colorido, o porta luvas ganhou uma fechadura com chave (opcional nas versões mais simples), o extintor de incêndio foi deslocado para o interior do veículo, abaixo do porta-luvas (antes o extintor era fixado no porta-malas, medida nada prática em emergências); o painel ganhou um alerta luminoso que indicava falha nos freios de serviço (passou a ser obrigatório por lei em 1977) e foi instalado um reostato para regular a intensidade das luzes do painel.

A versão SL sofreu mudanças específicas: o painel e as portas desta versão receberam um aplique plástico que imitava madeira (prática comum nos anos 70); o acabamento do acionamento da buzina, difusores de ar e o console ganharam a cor bege para combinar com o interior monocromático (não custa lembrar que em 1976 estes itens eram pretos até mesmo no interior bege) e foram retirados os contornos cromados das janelas laterais. Por volta de maio de 1977 a versão SL sofreu outras modificações: a versão perdeu a faixa lateral, o retrovisor externo passou a ser o mesmo da versão GP (pintado na cor da carroçaria) e o vacuômetro, instalado no quadro de instrumentos no lugar do relógio, tornou-se opcional.

Foto: Cláudio Larangeira (QR de Outubro de 1976)
Novidades também surgiram na parte mecânica: o sistema de alimentação (leia-se carburação) foi revisto para suavizar o funcionamento do motor e permitir a queima de gasolina comum sem que haja pré-ignição (a famosa batida de pino); tornou-se disponível um sistema de retorno de combustível, feito para mandar o excesso de combustível no carburador de volta ao tanque de combustível; comando de válvulas menos agressivo, com tempo de permanência menor e distribuidor com nova curva de avanço. O resultado das modificações reduziram em 1cv a potência (de 69cv para 68cv), preço baixo se considerarmos o ganho em eficiência e economia.

Anúncio GM veiculado na QR de Abril de 1977.
Falando na economia, a diferença sensível no consumo foi alvo de forte publicidade por parte da Chevrolet, visto que o Fiat 147 era mais econômico que o sedan da GM. O pessoal que comprou o modelo em 1976 deve ter se arrependido em comprar o '76: o Chevette '77 era, naquele momento, mais econômico que o Fiat 147. Logo depois a Fiat tratou de reduzir o já moderado apetite do seu pequeno carro. A guerra da economia estava declarada!

Por fim, vale lembrar que o servo freio era efetivamente disponível opcionalmente (em 1976 a Chevrolet disponibilizava apenas em catálogo), assim como os pneus radiais da série 70.

O Chevette GP II, evolução natural do Chevette GP de 1976, trouxe boas novidades: a instrumentação era mais completa: no quadro de instrumentos foi instalado um conta-giros no lugar onde ficavam os medidores de nível de combustível e temperatura do motor, além de um console, na altura do câmbio, com quatro instrumentos voltados ao motorista: indicador do nível de gasolina, vacuômetro (indicador utilizado para otimizar uma condução mais econômica), indicador da temperatura do motor e um voltímetro; novas rodas de tala de 5,5pol. com a opção de pneus radiais 175/70 e o espelho externo direito foi instalado.












Três tomadas do GP II (Fotos do GP II: Best Cars Web Site)















Este era o motor do Chevette GPII. Não era muito potente, mas era econômico.
Mecanicamente falando, o Chevette GP II standard vinha com o motor de 68cv padrão para linha. Como opção havia um motor com taxa de compressão maior (os mesmos 8,5:1 do motor de 1976) que, alimentado na base da gasolina azul, rendia 72cv. Não que o GP andasse muito (decepcionantes 138 km/h de velocidade máxima e aceleração de 0-100 km/h em sonolentos 19,80s), mas era econômico: 11,04km/l de média com a cara gasolina azul.

Foram vendidas, contando todas as versões, 65.964 unidades. E a tabela de preços, atualizada em 2014, é esta:
 
Abaixo, um pequeno adendo, o teste da revista Quatro Rodas, publicado na edição de outubro de 1976, com a novidade, o Chevette SL 1977, de estilo mais bem resolvido e menor consumo de combustível.
 


 
 
Postagem atualizada em 27/06/2018.

51 comentários:

  1. o banco alto, mesmo na versão SL era opcional.

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    1. existia banco de couro nos SL ?!?!?!

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    2. Não, nenhum Chevette saiu de fábrica com bancos em couro. Somente com vinil (nos primeiros) e tecido, em vários tipos.
      Grato pela visita!

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  2. 40 anos de Chevette Tubarão!!! Especial, Luxo, SL, GP, País Tropical, GP II... Vida Longa ao Chevettuba. (CTC)

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  3. Possuo um País Tropical e busco outro chevetteiro que possua um para trocar informações.

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    1. O espaço está sempre aberto, Lucas!
      Parabéns pelo seu Chevette e obrigado pela visita!

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  4. Prezado Lucas, o espaço está aberto!
    Quem tiver a sorte de, assim como ele, de ter um Chevette País Tropical, já tem o canal para trocar informações sobre o excelente veículo!

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    1. Boa Tarde amigo eu comprei um que foi achado no ferro velho mais a cor dele não é marrom nem muito menos bege a cor original dele é azul!

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    2. Prezado Thiago,

      Sei de um Chevette País Tropical preto, foi montado nesta cor especialmente para um funcionário da Chevrolet na época,mas azul eu não conhecia!

      Se o carro foi emplacado pela primeira vez em São Paulo, posso quase afirmar que se trata de um pedido de funcionário, como a unidade que foi pintada de preto, o mesmo da linha Opala '76.

      Se tiver interesse, mande umas fotos que terei o enorme prazer de publicar!

      Grato pela atenção e pela visita, parabéns pelo seu Chevette!

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  5. muito bom monocromático era o melhor

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  6. Concordo, o monocromático bege tinha um apelo de luxo muito especial, era confortável e de bom gosto. Hoje é uma raridade ver um automóvel com a opção de cores em seu interior.

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  7. galera comprei um chevette 77 seu chassi é do GP mas em seu doc está como chevette 77 L ( CREIO QUE OCORREU UM ERRO ORTOGRÁFICO EM SEU DOC )
    Pois andei pesquisando e percebi que no ano de 77 só saíram o SL,GP e GP2.
    Alguém pode me esclarecer se realmente não teve CHEVETTE 77 L?

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  8. Prezado,

    Em 1977 havia a versão Luxo, conehcida pela sigla L, informação que chequei em algumas edições da Quatro Rodas e Auto Esporte da época.

    E, caso ajude, a Quatro Rodas, em novembro de 1987, publicou uma interessante reportagem que decifra as siglas do número do chassi.

    A revista não informou qual seria o código específico da versão GT (nem da GP II, nem da GP de 1978), mas se o chassi começa por 5D11, o modelo é L; se começar por 5E11, o modelo é o SL. De todo modo, podes tentar a correção do modelo no Detran, inclusive pedindo informações à Chevrolet para decifrar o número do chassi do seuu Chevette.

    Grato pela visita e pelo comentário!

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    1. muito legal essa informação,não sabia, descobri que meu chevette 77 é um "L" agora com o seu comentario, só tenho uma duvida em relação a cor, não sei se tinha essa cor original de fabrica, ou o antigo dono colocou uma outra. (Não tive contato com o antigo dono, comprei de uma concessionaria, e não souberam me informar)

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    2. Em relação à cor de seu Chevette L, a Chevrolet ofereceu as seguintes opções para a linha 1977:

      77 AMARELO LÓTUS
      77 AZUL COBALTO (metálica)
      77 AZUL HAWAI
      77 BRANCO EVEREST
      77 MARROM MONTERREY (metálica)
      77 OURO IMPERIAL (metálica)
      77 PRATA INCA (metálica)
      77 PRETO FORMAL
      77 VERDE PARATI
      77 VERMELHO ÁLAMO
      77 VERMELHO CRETA

      Os documentos não especificam o "nome" da cor, mas penso que é possível você comparar o tom da carroçaria do seu Chevette com a lista acima, sem prejuízo de que em algum momento o veículo sofreu alguma reforma/restauro e optaram por outro tom (de outro ano, e até de outra linha) para colorir a lataria.

      Para se ter uma boa ideia, sugiro comparar o seu Chevette com algum com pintura de fábrica, ai se poderá ter uma ideia muito precisa a respeito do tom exato que foi aplicado em seu carro.

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  9. Ótima matéria, sempre fui apaixonado pelo chevette, comprei um 76.

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    1. Parabéns pela compra, o Chevette 1976 é um carro e tanto, confortável e muito gostoso de dirigir. Até se tem a impressão de que ele anda mais do que o modelo 1977, mas é só impressão: o curso do acelerador do '77 é mais longo.

      Grato pela visita e pelo comentário!

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  10. Acho que o do meu pai é dos mais raros, Chevette 1978 4 portas amarelo

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    1. Com certeza é um dos raros, Jales! Não me lembro de ter visto muitos destes, ele é um modelo SL? E qual a cor do acabamento interno?

      Grato pela visita!

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  11. possuo um 76 bege interior marrom sabe be dizer qual modelo q e ?

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    1. Meu caro, desculpe a demora em responder o seu comentário, falta de organização minha aqui.
      Assim, de antemão, eu não sei te dizer qual é o modelo (pela opção de interno branco pode ser o modelo SL), mas peço a gentileza de o amigo me mandar os primeiros 5 números do chassi do seu carro, ai poderei "decifrar" os códigos da fábrica que indicam o modelo.

      Abraço!

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  12. Boa noite, eu possuo um GP 1977,amarelo coloquei uma caixa de cambio 5 velocidades e melhorou muito.

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    1. Com certeza, Dante!
      Se você quiser, mande mais detalhes desta modificação, certamente o GP ficou solto e mais divertido, além de mais econômico.

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  13. Boa noite o meu é 1976 modelo 77 bege e os vidros das janelas traseira não tem como abrir será que dá para adaptar obrigado.

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    1. Sim, acredito que é perfeitamente possível a adaptação das janelas basculantes. Sugiro que você vá até um ferro velho e procure um par de janelas boas do seu Chevette, acredito que é só tirar o vidro fixo e instalar os suportes que ficam na coluna do carro (aquela ao lado da porta) e as alavancas que travam a janela (a que fica perto do porta malas). Ficaria legal se você aproveitasse e já trocasse as borrachas dos vidros que vai trocar, para a vedação ficar perfeita.

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  14. alguem sabe informar se saiu chevette tubarao com bancos baixos de pano? pois estou restaurando um e achei os memos de pano..

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    1. Sim, pois os bancos altos, mesmo na versão SL, eram opcionais. Se o seu modelo é um SL, muito provável que seja o original!

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  15. Tenho um modelo gp2 1977,a frente foi trocada para o modelo bicudo mas o interior motor câmbio e diferencial e as rodas taladas São originais,como faço PR saber que cor ele saiu de fábrica?

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    1. Parabéns pelo achado, um GPII não é um carro fácil de achar, sobretudo com tantos itens originais.

      Quanto às cores, o Chevette, para o ano de 1977, poderia ser pintado nas seguintes tonalidades:

      77 AMARELO LÓTUS
      77 AZUL COBALTO (metálica)
      77 AZUL HAWAI
      77 BRANCO EVEREST
      77 MARROM MONTERREY (metálica)
      77 OURO IMPERIAL (metálica)
      77 PRATA INCA (metálica)
      77 PRETO FORMAL
      77 VERDE PARATI
      77 VERMELHO ÁLAMO
      77 VERMELHO CRETA

      Não estou certo se a Chevrolet chegou a fazer um GP2 perto formal; de todo modo, você tem duas grandes possibilidades de descobrir a cor original, certamente uma das que indiquei acima.

      A primeira delas é desmontar alguns pontos da forração (como, por exemplo, as portas e o assoalho)e ver o tom. Geralmente, uma repintura superficial da carroceria não é tão detalhada a ponto de cobrir o interior de uma porta ou embaixo do carpete. Levante o banco traseiro e veja a cor embaixo, pode ser uma boa dica.

      Outra possibilidade é a de, por intermédio de um Concessionário Chevrolet, questionar à fábrica se o número do motor e a cor predominante é a que saiu da linha de produção (se é que a GMB ainda tem tais dados). É, talvez, o meio de ter uma certificação da fabricante.

      Boa sorte!

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  16. bom dia tenho um chevette gp 2 1977 queria saber se ele é original chassi como faço pra saber ?

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    1. Infelizmente a Chevrolet, em 1977, não tinha um código específico no número de chassi para identificar o GP II. Apenas em 1978 que a fábrica teve a iniciativa, de modo que não há essa possibilidade de confirmar, só pelo número, se o seu GP é original.

      Veja a postagem sobre o tema https://cronicasautomotoras.blogspot.com/search/label/C%C3%B3digos%20dos%20chassis%20da%20linha%20Chevette

      Mas, se for o caso, você pode tentar uma alternativa: vá a uma concessionária Chevrolet e peça um dossiê sobre o seu veículo, para saber se a fabricante tem ainda os dados referentes a fabricação do seu Chevette (como, por exemplo, número do motor, chassi, versão, etc). Não sei se a fábrica ainda tem tais dados, mas é uma possibilidade.

      Grato pela atenção e pela visita, qualquer dúvida é só avisar

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  17. Eu tenho um 77 como faço para saber se ele e um GP ou GP 2.?

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    1. Caro Felipe,

      O número do chassis pode ajudar a resolver a questão: se o sexto caracter for a letra "F", o Chevette é ano-modelo 1976; se estiver a letra "G" é ano-modelo 1977.

      Maiores informações você pode ter na postagem "https://cronicasautomotoras.blogspot.com/search/label/Códigos%20dos%20chassis%20da%20linha%20Chevette" ou perguntando aqui, ok?

      Grato pela visita!

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  18. Tenho um Chevette ano 77, foi pesquisado no código de origem do carro, saiu como chevette LUXO!
    ESSA REFERÊNCIA LUXO SERIA CHEVETTE GP2?

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    1. Caro Gilmar,

      Das informações que até agora tivemos acesso, descobrimos que a Chevrolet não criou um código no número de chassi para as versões GP (1976)e GPII (1977).Provável que a fábrica usou outras letras (talvez de outras versões), mas, até agora, não tive acesso a informações consistentes sobre isso.

      Assim, não posso garantir a você que o código referente à versão luxo pode ser o mesmo da versão GPII; talvez a Chevrolet possa te informar esses dados se estiver em seus arquivos, talvez a melhor maneira de descobrir a configuração do seu Chevette quando saiu de fábrica.

      Grato pela visita e o comentário,

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  19. O chevette sl 1977 saiu com a sigla no tabelie e na traseira ao lado do nome chevette?

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    1. Caro Anderson,

      Não tenho certeza a respeito disso, mas tenho a impressão de que o Chevete SL 1977 não tinha o emblema "SL" na traseira nem no painel, como a gente pode ver nesse teste da Quatro Rodas que postei acima.

      Ao que parece, o emblema SL saiu na traseira e no painel apenas de 1978 em diante, mas teria de ver mais carros originais ou o catálogo de peças de época para dar a certeza.

      Grato pela visita!

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  20. Olá cavalheiros, estou restaurando um Chevette 77 GPII e encontrei um console de GPII original no MercadoLivre na cor marrom monocromático. Até agora não encontrei informações de que foi disponibilizado o GPII com o interior monocromático, apenas preto, alguém sabe me dizer se já se deparou com um GPII monocromático? Busco saber também se o GPII foi disponibilizado nas mesmas cores de linha do 77, ou se foi disponibilizado em cores exclusivas apenas, pois também só achei fotos do GPII em amarelo, vermelho e prata... Muito agradecido!

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    1. Prezado(a),

      Nesses anos nunca vi referência à possibilidade de o interior dos GPII ter sido oferecido em outra cor senão o preto. Nas avaliações das revistas da época, nas peças de publicidade e mesmo nos carros que lembro de ter visto, não recordo, sinceramente, de ver um GP (mesmo nas três séries) com interior bege.

      Posso, então, deixar duas teorias:

      a) a peça, apesar de original, foi pintada em bege para combinar com um projeto de alguém que gostaria de fazer o seu GP na cor bege (até para combinar com a opção à época disponível para a versão SL); e,

      b) realmente a Chevrolet chegou a cogitar do uso da cor bege nos GPII e soltou algumas unidades em tal padrão, tanto que a peça é uma remanescente dessa possibilidade.

      As duas teorias me parecem plausíveis (e a Chevrolet gostava de brincar um pouco com esse troço de cor: conheço um Monza Classic SE 1988/1988 pintado em um tom de vermelho que só foi oferecido em 1989, com pintura de fábrica no assoalho imaculado), então não ficaria tão surpreso de conhecer um GP II com uma cor de interior diferente do padrão preto.

      Da mesma forma, se alguém pintar de bege uma peça original (e o serviço for bem feito), você terá uma peça original de cor diferente, já vi essa possibilidade, inclusive.

      E como tirar essa dúvida?
      Bem, só se a gente um dia pudesse conferir os catálogos da GMB para 1977 (nunca vi catálogo de Chevette GPII, esse tipo de literatura no Brasil é escassa e talvez a Anfavea tenha). O mais fácil é consultar um catálogo de peças da GMB para o ano de 1977 em seguinte e procurar o dito console e ver se há a possibilidade de ele ter sido executado em outra cor senão o preto.

      Enfim, não tenho uma resposta conclusiva, mas se alguém puder esclarecer, comentários são sempre bem-vindos!

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  21. Carissímos;

    É um prazer inenarrável poder discutir acerca dessa simpatia denominado Chevette.

    Falando sobre Chevette L (luxo):
    Possuo algumas dúvidas que não sei se serão sanadas, são dúvidas que me pergunto a mais de 10 anos (tempo espaço que tive o meu primeiro carro, um formoso Chevette 1976, atualmente possuo outro Chevette, pasmem, é do mesmo ano).

    Pelo fato dos meus dois Chevettes terem sido de ano 1976/76, me encontro em uma encruzilhada de dúvidas, vamos lá:

    1°- Chevette L (ano:1976) saiu de fábrica com bancos baixos (fixos)? Sei que nos SL, já existia a opção por bancos altos.

    2°- A faixa lateral ( pintada na altura da maçaneta) saiu apenas na versão SL? Versão L e Especial por terem sido mais simples não tiveram essa opção??

    3°- Por quê que há batentes (garras) do para-choque de borracha assim como os de metal (modelo quase, se não, idêntico aos dos opalas (75-79))? Os de plásticos eram de alguma versão específica??

    4°- Moldura das lanternas (sinaleiras) traseiras (aquelas de plástico no cor brilho(cromado)) saíram apenas na versão SL?

    5°- Chevette L, 1976, saíram de fábrica com as calotas de inox?

    6°- Haste dos limpadores de para-brisas cromados, saiu em alguma versão, ou são os entusiastas que modificam para combinar com os kits de peças sobressalentes versão (SL)?

    7°- Frisos (cromados) das caixas de ar e roda, saiu apenas nos Chevette SL??

    Perdoe pelas perguntas, porém, imaginei sanar ao menos algumas dessas dúvidas, que não consegui ao longo dessa década.

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    1. Meu caro, o prazer é nosso em falar sobre este interessante modelo da GMB, e parabéns pelo seu 1976, você certamente deve ter ótimas histórias pra nos contar!

      Suas dúvidas são interessantes e vou sanar as que tive a oportunidade de apurar e confirmar:

      1) tenho a impressão de que apenas a versão SL poderia contar com o banco reclinável de encosto alto, até porque a publicidade da época dá a entender que apenas a versão mais luxuosa poderia contar com tal opcional;

      2) as faixas - que combinavam com a cor da carroçaria - eram apenas da versão SL;

      3) o material dos batentes na época era de ferro, mas pode ser que alguma peça de reposição tenha usado material mais leve; até onde sei, não havia distinção do material nos usos das grades, todas eram usualmente metálicas;

      4) sim, moldura cromada nas lanternas traseiras era detalhe apenas da versão mais luxuosa, a SL.

      5) sim, essa calota foi usada pelo L até mesmo em algumas unidades de 1978!

      6) Não sei se exclusivamente o SL usava hastes cromadas nos limpadores do para-brisas, mas me parece que sim. Até porque o modelo 1973 já as tinha (apesar de ser uma fonte de reflexos noturnos e isso fez com que a Chevrolet tirasse o cromado).

      7) sim, os frisos cromados da caixa de ar e roda eram do SL.

      Mas aqui eu tenho de fazer uma ponderação importante: mesmo carros muito impecáveis podem não ser exatamente como sairam de fábrica, pois a própria Chevrolet contava com muitas opções de acessórios (desde bagageiros até rodas, calotas) e as concessionárias usualmente recheavam os carros de itens extras pra ter uma maior margem de lucro.

      A "prova real", digamos assim, pode ser tirada apenas se a gente tiver acesso a um catálogo de peças da linha Chevette com os dados de 1976: lá veremos as peças de acabamento que o amigo acima referiu e as aplicações nos modelos; infelizmente não disponho deste material, mas me parece ser uma fonte para resolver as dúvidas.

      E por favor, não se acanhe em perguntar, estamos aqui pra isso, fique sempre a vontade.

      Grato pela visita, volte sempre!

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  22. Obrigado Douglas, me enriqueceu demais fornecendo essas informações, e grato pelo elogio, sou um grande fã dos Chevettes de primeira geração (73-77).

    Tenho uma outra pergunta que me recordei por agora:

    A cor da faixa traseira, entre as sinaleiras, que vinham na versão SL... caso o veiculo fosse claro, a faixa lateral era preta assim como a traseira? Caso o veículo fosse escuro a cor da faixa era branca e atrás também era branco?

    Acho que uma grande contribuição foi o meu pai, ele teve 2 Chevettes, sendo: 1 vermelhos (vinho 73 salvo engano) e 1 preto (75), foi algo que talvez tenha me impulsionado a querer tanto esse carrinho singelo e simpático.

    Novamente, agradeço o carinho e por querer contribuir tanto, existem inúmeras informações que nem as fabricantes hoje saberiam nos informar.

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    1. Estamos aqui pra isso, meu caro!
      A melhor fonte que podemos ter de tais detalhes é o catálogo de peças da GMB (além de fotos de época), até porque não era tão incomum o carro já sair da concessionária com detalhes de outras versões, sobretudo estéticos.

      Se bem me lembro, os SL de cor mais escura tinham a faixa branca, assim como o contorno entre as lanternas traseiras (a propaganda de lançamento da versão SL, de 1976, mostra um carro exatamente assim). Mas não tenho tanta certeza, até porque não lembro de ter visto muitos SL originais na época (via muito os modelos menos luxuosos), então não posso cravar com convicção essa informação.

      Meu pai nunca teve Chevette (teve Brasília, Passat LSE e um Mille Fire), mas meu avô teve um inesquecível DL 1992 cinza austin com muita história pra contar. E tive recentemente um SL 1988 vermelho mandarim, carros ótimos de guiar, divertidos e confortáveis.

      E nos fale de seu Chevette 76, estão ficando raros!

      Grato pela visita e os comentários, volte sempre!

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  23. Opa, entendi, novamente agradeço pelo retorno e carinho por responder a todas as perguntas, você enriqueceu em muito o meu conhecimento, e isso é sem preço.

    Em relação ao meu Chevette, primeiramente falarei do meu primeiro, o 76 azul. Adquiri este em meados de 2009, estava em estado deplorável, foi meu primeiro carro, estava turbinado e assim se manteve até o momento de sua venda, mas sei que já tiraram o kit turbo e o carro foi para longe mas ainda deve estar no estado do RJ. Por eu não ter tanta experiência, repintei o carro, porém na cor do catálogo da VW, azul caiçara, não faria isso atualmente, gosto de preservar a história do veiculo, com exceção de um tombinho e modificações que aumentem a potência do veículo mas mantendo o bom e valente OHC 1.4 rsrs.

    Quado comprei este, ele já veio com os cobiçados frisos largos, com exceção dos frisos das portas, frisos estes que consegui para completar os jogos, comprei o friso do capô, os dois que pegam entre as sinaleiras traseiras,fiz a faixa preta (hoje sei que a princípio, fiz errado rsrs), consegui as calotas, sobre aros raiados (era o meu sonho), sobre aros liso, versão GP, grade dianteira (só me faltava um friso dela, eu tinha 2, creio que eram originais), motorádio AM original e impecável, nossa... gastei uma boa grana. botei um vira novo 1.4,cabeçote também foi retificado, retifiquei a turbina, era uma .50 com a parte quente .36 se não me engano, nunca senti um motor 4cc girar tanto (exceto os civics VTI), no final, eu queria refazer tudo, funilaria, pintura, o carro ficou bem acertado depois de eu tanto apanhar com mecânico errado, enfim, acabei desistindo do projeto por falta de verba e disposição de refazer muita coisa, achava na época que restauração existia apenas em Curitiba e São Paulo.

    Chevette 1976 Branco Everest (Atual): Adquiri de sua terceira dona, ficou 20 anos com o mesmo, o carro possuí muito do que já foi no passado, manual original, forros de portas , forro do teto, painel tabelier, para-lamas, portas, capô, esses são o destaque, consegui a grade original GM, os aros dos faróis de plastico (GM), lanternas origiais OPEL/GM nas belíssimas lentes de estoque antigo Rubi, bancos baixos, volante bumerangue... estou terminando a mecânica agora, retifiquei o bloco, fiz o polimento do eixo também em retifica, retifiquei o cabeçote, comprei, anéis, casquilhos, mancais dos fixos e bielas, pintei todas as peças do motor de azul (motor a gasolina), enfim...
    estou animado, o motor era todo 1.4, desde o eixo até o cabeçote, bomba d`água de ferro ainda...

    Sigo na luta, nada é fácil mas também não é impossível, estou nessa saga a quase 2 anos. Próximo passo será vistoriar e encaminhar o singelo para a pintura para assim ser desfrutado.

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  24. Poxa, o que dizer do primeiro Chevette?
    O azul caiçara não fica ruim, não (é só mais claro do que o Azul Hawai da linha 1977 da GMB), fora que o motor deveria ser bem azeitado. Certamente um carro com motor bastante girador e bom de pisar, melhorado com os acertos e a sobrealimentação. O meu antigo SL 1988 hoje foi turbinado e anda bastante (pude constatar na BR-101 de forma um pouco involuntária, ao vê-lo passar com bastante vigor ao meu lado), a preparação com critério usada com bom senso faz do Chevette um carro bastante interessante e sem perder muito na resistência.

    Quanto ao seu atual, olha, aqui em SC tá quase impossível de achar um destes, certamente em suas mãos ficará impecável. Dá trabalho e não é exatamente barato, mas quando você der a partida pela primeira vez, ah, tudo isso terá valido a pena. E com essa extensa reforma, vai ter Chevette para curtir com muita tranquilidade por longos e longos quilômetros!

    Obrigado por compartilhar suas vivências e nos mantenha informados, estamos aqui sempre às ordens, grande abraço!

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    1. Rapaz, me fez grande falta quando vendi o 76, azul, era praticamente caracterizado SL, pois tinha uma infinidade de peças sobressalentes, mas curti muito pouco, infelizmente, eu deveria ter tido outro veículo para me locomover, e ter deixado o Chevettão para os passeios esporádicos, enfim, experiências.

      Atualmente me apoio no uso de uma motocicleta de baixíssimo custo, mas confesso, que a vontade de desmontar o Chevette, raspá-lo, e restaura-lo, é grande, porém, impossível no momento atual, vamos ver no que vai dar nos próximo episódios dessa novela mexicana rsrs acho que essa semana ele acorda, pois estava hibernando tem um tempinho rsrs.

      Atualmente, venho trabalhando a minha mente da seguinte forma, fazendo o mínimo já é andar a frente, o carro está melhor do que quando peguei, muito melhor, logo, estou fazendo na medida que me sobra condições, talvez não ter um chevette zero, a princípio possa parecer frustante, mas a intenção, é ter um chevette em boas condições de uso, vistoriado, e perfeito de mecânica, ter outro carro parado, me aborrecendo, com capoteiro, mecânico, funileiro, pintor, eletricista... sem contar história é mais frustante do que ter um "meia sola" mas valente, que possa ser usado no dia a dia.

      Uma correção na minha fala anterior, o bloco foi brunido e não retificado.

      Com relação ao seu 88, creio que tenha ficado bem bacana, chevette quando turbinado, fica muito divertido e bem vitaminado, acredite, são carros para serem agradáveis, (como vinho, que é degustado) e não moídos, digo isso porque a maioria se empolga e põe o serviço que foi feito a anos com tanto sacrifício no lixo, como ocorreu com o meu ex chevette azul.

      Aproveitando a oportunidade, deixo aqui uma dúvida que me surgiu por esses dias:

      Duvida: Me apareceu uma grade dianteira, é de um conhecido, dos chevettes (73-77), de ferro, talvez metal, enfim, formato original, (não era aquelas que foram vendidas como opcional da Metalúrgica Glicério S/A) você conhece? Não sei se foi feito de forma artesanal, acredito muito nessa hipótese, ou se foi feita por uma Envemo da vida.

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    2. A vontade de ajeitar o carro é sempre grande (nem me fale, ainda quero dar um ótimo banho de tinta no meu Mille), mas a gente tem de ser um pouco racional e fazer as coisas com calma, conforme a necessidade e a possibilidade. E com o seu conhecimento, experiência e força de vontade, seu Chevette vai te proporcionar muitas alegrias e muitos quilômetros rodados, uma peça nova ou um reparo é um avanço, sim!

      No fundo, o que importa não é a velocidade, mas a qualidade do projeto; quando se fala dos carros antigos, nem dinheiro sobrando resolve, pois é duro encontrar quem mexa em carburadores, quem execute um bom interior, quem tenha os macetes e a vontade de alinhar uma frente (que os diga os Del Rey e Corcel II da vida). Talvez o seu projeto não seja o mais rápido, mas é o mais divertido: afinal de contas, o passo principal que é ter o carro já foi dado, hehe.

      Desejo sucesso ai no projeto e vai nos atualizando; o que descobri do meu saudoso 1988 é que o dono está a usar do turbo com certo cuidado, sem muito massacre. É como você bem disse, um carro mexido para maior potência tem de ser degustado como um vinho, se exagerar na dose o estrago é grande! hahah.

      Forte abraço e apareça sempre, você já é da casa!

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    3. E quanto à grade, é um achado interessante!
      A Envemo trouxe boas opções na época e a Glicério era a mais famosa nesse ramo de peças para personalizar, pode ser uma grade mais artesanal (talvez feita até mesmo com base em uma original), sobretudo se não tiver um símbolo do fabricante. Vou dar uma olhada nas Quatro Rodas antigas - eram fartos os anúncios de empresas que faziam isso, inclusive das menores - se achar algo aviso aqui e faço uma postagem.

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  25. Boa noite!
    Alguém sabe me dizer o nome da tinta do interior marrom do chevette 77?
    Outra dúvida, o meu é ano 77 mas a frente é do modelo bicudo, adquiri ele do 1 dono, possuo nota fiscal de compra e todos os documentos desde a aquisição e o antigo dono jura que não alterou o carro, é possível ?

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    1. Olá, vamos às dúvidas:

      1) Desconheço o código da tinta do tecido. Sugiro que se pegue uma amostra e tente numa casa especializada qual o tingimento adequado, lembrando que cada tecido pode reagir à tinta de um modo diferente, o que torna isso um pouco mais complexo. Ideal seria já comprar o tecido pronto, mas, se for inviável, pode-se tentar várias amostras até atingir o objetivo.

      2) O Chevette com a frente nova foi lançado no final de 1977 já como modelo de 1978, então o seu pode ser um dos primeiros "bicudos" fabricados. Temos aqui uma postagem que ajuda a decifrar os códigos do chassis e essa análise rápida poderá ajudar a questão. Se o carro é original, com excelente procedência, posso dizer com grande convicção de que o seu é um dos primeiros modelos 1978 produzidos (raramente um ano e modelo coincidem no seu lançamento).

      Grato pela visita!

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