terça-feira, 27 de dezembro de 2011

História do Chevette (1974-1975)

1974- O carro do Ano
Ainda sentido o impacto positivo do lançamento do Chevette, a Chevrolet não reservou grandes novidades para o seu filho mais novo: além das tradicionais cores novas disponíveis em catálogo, houve a inserção (opcional) de um friso cromado na parte inferior das laterais que envolvia as caixas de rodas e a frente do carro, resolvendo o problema da pobreza do modelo do lançamento.
 
Com a natural passagem do tempo, os donos do sedanzinho já começavam a se acostumar e a conhecer melhor o Chevette. Tanto que alguns proprietários perceberam uma das características do motor 1400: ele escondia óleo. Na verdade, o lubrificante demorava um pouco mais do que nos outros motores para escorrer rumo ao cárter. Quando um motorista desavisado via o nível, logo após desligar o bicho, percebia a necessidade de se completar o óleo...

Por falar no motor, alguns usuários começaram a relatar alguns defeitos graves. A Motor 3, em resposta a um leitor (edição nº. 36, de Julho de 1983, página 11), relatou a existência de alguns problemas no comando das válvulas (que comiam os balanceiros), assim como bronzinas não eram muito boas.

Anúncio extraído do site carroantigo.com
Tais falhas, como descrito pela revista, foram superadas ao longo do tempo, com a natural evolução do projeto. Apesar disso, a revista Auto Esporte elegeu o Chevette como o “Carro do Ano” de 1973. Prêmio merecido, aliás.

E por falar no ano de 1974, segundo a revista Carro (já citada na postagem anterior), foram vendidas 74.963 unidades. Esta ótima marca de vendas só seria superada em 1978, e é um termômetro do sucesso do simpático sedanzinho. Por falar em vendas, este era o preço do Chevette e de seus concorrentes, devidamente corrigido:



Ah, por curiosidade, lembramos que no Salão do Automóvel de 1974 a Chevrolet exibiu em seu estande um protótipo de um Chevette mais esportivo, o Chevette Monza. O esportivo, quase que um embrião do modelo GP lançado tempos depois, tinha algumas alterações estilísticas marcantes, principalmente com a adoção de alguns apêndices aerodinâmicos, como o spoiler dianteiro e as caixas de rodas alargadas, além da adoção de rodas esportivas. Tal Chevette, muito infelizmente, não foi além do protótipo apresentado.


Foto: Carroantigo.com
E como um adendo a esta postagem, vale muito a pena conferir este teste comparativo (em verdade uma compilação comparativa de anteriores testes) da revista Quatro Rodas, de agosto de 1973, em que todos os carros do seguimento do Chevette foram analisados, em todos os detalhes. Apesar de gostar muito do Corcel e do Dodge 1800, e de já ter sido proprietário de um Volks 1300-L, nem preciso dizer qual o meu favorito neste comparativo...
 







1975- Um Chevette Especial

Para linha 1975, a Chevrolet trouxe algumas novidades: a embreagem foi redimensionada para evitar trancos nas trocas de marcha, a capa do filtro de ar foi redesenhada, ficando mais curta e larga - e a suspensão foi recalibrada de modo diminuir a tendência do eixo traseiro de “pular” nas estradas de pavimentação ruim. Por fim, os freios a disco passaram a ser equipamento padrão de toda linha Chevette.
A linha 1975 trouxe alguns novos pequenos detalhes, como a adição de um friso no painel. (Fonte: carro antigo.com)
 
Foto: Cláudio Larangeira/Quatro Rodas de Junho de 1975
E em abril a Chevrolet decidiu lançar uma versão simplificada de seu sedan pequeno: o Chevette Especial. Seu preço era de Cr$ 32.950,00, e o Especial contava com muitas simplificações: a grade dianteira não tinha cromados e nem o logotipo “Chevette”; o para-brisa e as janelas laterais perderam também seus frisos cromados; o carro não dispunha de calotas; o revestimento interno era mais simples, e os apoios de braço das portas foram substituídos por puxadores de plástico maleável; a maçaneta interna da porta e a manivela dos vidros eram pintadas de preto; os cinzeiros traseiros foram suprimidos; os vidros traseiros eram fixos; as alavancas que acionam o levantamento dos os encostos foram trocadas por outras mais simples, localizadas na parte inferior do banco e o assoalho era revestido de plástico ao invés do carpete. Enfim, era um Chevette especialmente básico. Apesar de tantas simplificações, a mecânica era a mesma do seu irmão mais luxuoso.
 
Detalhe das rodas sem calota, algo que se repetiria ao longo do tempo na indústria automobilística... (Foto: Cláudio Larangeira/Quatro Rodas de Junho de 1975)

Em 1975 foram vendidas 62.519 unidades da linha Chevette. E os preços eram estes:

E por falar no Especial, segue, agora, o teste que a Quatro Rodas fez na época da nova versão, na edição de junho de 1975:






Postagem atualizada em 27/06/2018

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