sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

19º Encontro Sul-Brasileiro de Veículos Antigos (Parte VI)



Comentário de um visitante: "- Nossa, que baita motor!" É verdade...
Nem só de automóveis vive o homem.Também precisamos de ônibus, é verdade. Como estou órfão de automóvel, o ônibus é meu meio de transporte. Mas este GMC PD 1404 é mais que um ônibus qualquer, é um clássico.

Aos apreciadores de plantão: trata-se de um Morubixaba (quem sabe este carro já foi da Viação Cometa?), apelido dado pela empresa aos modernos ônibus PD-4104 que faziam as linhas da Cometa, notadamente a clássica Rio-São Paulo. Devia ser sensacional viajar nestas máquinas prateadas, rasgando as curvas com muita classe- e conforto. Diferentemente dos ônibus de Floripa, esta máquina já dispunha de um eficiente sistema de ar-condicionado. E toilette a bordo, para os trajetos mais longos.

Hoje este morubixaba não trabalha mais em nenhuma empresa. Foi transformado em um confortável motor-home. E que senhor motor: um dois-tempos de 211 cv. A potência não é nada lá muito elevada, mas o ronco... Nem mesmo os clássicos B-76/B-110 da Scania roncam tão bem assim.

Sete galo: a melhor Honda de todas!
Continuando a série "isso-não-tem-nada-a-ver-com-carros", faço uma concessão às motos. Ou a moto. Nada contra os amigos motociclistas, ou as belas motos, mas não sou fã dos motociclos. Nada pessoal com as motos, é questão de gosto mesmo.

Porém, quem não se rende aos encantos de uma CB 750 novinha em folha? (os amigos motociclistas que me digam ao certo, mas chutaria que esta Honda é de 1973/74.) Este escapamento 4x1, o estilo naked (desprovido daqueas carenagens, que em muitos casos parecem inspiradas nas motos dos Power Rangers...), o enorme freio a disco na dianteira e o ronco único fazem desta Honda a minha moto predileta. Em tempo: o apelido sete galo deve-se ao número 750. No jogo do bicho o número 50 é o número do galo. Logo 7+50= sete galo. Quanta lógica,não?


O interior impecável: mais britânico impossível!


Da Jaguar, o único exemplar da marca britânica é este  XJ6 1971. O carro, quase obviamete verde, é um inglês autêntico: tem o volante à direita do habitáculo, como manda a boa tradição da Inglaterra.



Num evento como esse não poderia faltar uma Lambretta. Esta simpática motoneta foi o sonho de muitos jovens nos anos 50 e 60. A da foto, muito bem conservada, é de 1963.

A Lambretta não é um exemplo de desempenho, a exemplo da vigorosa CB 750. Mas quem quer andar rápido com uma moto tão simpática como esta? É uma bela moto quebra-pescoço, e chama bastante atenção. E palavra que esta Lambretta arranca sorrisos até mesmo dos visitantes mais sérios.



Em uma palavra: deslumbrante!
A Mercedes-Benz estava muito bem representada no evento. A vedete era esta 190 SL 1958 tremendamente nova. Linda, aerodinâmica e muito bem conservada. Parece que ela saiu da fábrica ontem... Devo ter ficado uns 10 minutos parado observando esta SL, tamanha a quantidade de detalhes que esta Mercedes tem... Um magneto prateado-metálico que atraía todos que entravam no interior do Centro Multiuso.

Muitas outras Mercedes estavam expostas no evento. Dentre várias, esta chamou a atenção: não é movida a gasolina, álcool, GNV e não é elétrica: esta Mercedes 1966 é uma 200D: conta com um motor a diesel. Pude vê-la rodando pelo evento, e seu ruido é bem interessante. Além de ser movida pelo óleo diesel, ela chama a atenção pela originalidade e elegância. Como todas as Mercedes-Benz...


Pra fechar a série de Mercedes, uma 450 SLC. Linda, extremamente bem cuidada. E com placa preta, um atestado de sua originalidade.


Da Mercury, este conversível maravilhoso de 1946. Impecável, carro rico em bons detalhes. Já não se faz mais carro como antigamente...


Enquanto observava o Mini, ouvi muito o comentário: "Olha o carro do Mr. Bean!".
Um clássico Mini, construido em 1979, chamava muito a atenção. Trata-se de um carrinho de dimensões liliputianas, ainda mais quando está estacionado ao lado de um Mustang 1968. Carro muito agradável de se ver por aí; acredito que seja um dos poucos (senão o único) Mini daqui destas bandas. Os faróis de milha instalados na grade dianteira fazem lembrar os inúmeros rallyes que este modelo já ganhou ao longo dos anos. Um carro prático, embora seu projeto já tenha mais de 50 anos. Pra quem acha que carro compacto é novidade trazida pelo Smart, taí o simpático Mini fazendo história!


Este Miura Sport 1980 é um clássico nacional. Incrivelmente baixo, seu design chama muito a atenção. Aliás, tudo neste Miura chama a atenção: volante eletricamente regulável, faróis escamoteáveis, interior esportivo, painel completíssimo. E toda a leveza que a carroçaria feita com polímero reforçado com fibra de vidro (em bom português: carroceria em fibra de vidro) faz com que este Miura ande bem, mesmo com uma mecânica VW a ar.

Segundo o proprietário, o simpático Sr. Paulo, o motor tem alguma preparação. E pode não ser um extremo velocista, mas andar com este Miura é excelente! A convite do proprietário, meu amigo entrou para conhecer o carro. Apesar dos seus 1,90m, o amigo dublê de piloto sentiu-se muito bem no Miura. Apesar dos 30 anos, o Miura continua um baita carro, com um desenho bastante ousado e interessante. Um clássico nacional!


Outro esportivo nacional, que estava presente no evento, era este Santa Matilde. Carro bastante difícil de se achar em bom estado, chamou a atenção no evento. Por não ser tão bom conhecedor dos SM, fico devendo o ano de fabricação deste esportivo com mecânica GM. Outro exemplar bastante interessante dos automóveis nacionais produzidos em pequena série (não gosto do termo fora-de-série, pois estes carros, embora produzidos em escala menor, eram feitos em série...).

Aguarde a próxima postagem, a última da série. Ainda tem muito carro bom pra aparecer por aqui! 

4 comentários:

  1. O motor usado no GMC Coach, um bom e velho Detroit Diesel 6-71N (cada um dos 6 cilindros com uma capacidade de 71pol³, cerca de 1.2L, para um deslocamento total por volta de 7.2L). Depende do blower para funcionar, pois um motor Diesel 2-tempos não gera a pressão de aspiração necessária.

    Quanto à Mercedes-Benz 200D, sem dúvidas uma bela obra de arte, e retrato de uma época em que não havia a insensatez de se restringir o uso de um combustível em função das capacidades de carga, passageiros ou tração.

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    1. Pois é, este motor é um pesadelo nestes tempos de downsizing, mas é extremamente interessante, o ronco é belíssimo. O dono do Coach transformado em motor-home deve se divertir muito com esta belezura.

      Obrigado pela visita!

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  2. Bom dia, a SM citada é modelo 82, posso afirmar pois tenho uma igual.

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    1. Obrigado pela informação!
      Não sou profundo conhecedor dos Santa Matilde, mas o que estava no evento era impecável.

      Grato pela visita!

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