sábado, 18 de dezembro de 2010

19º Encontro Sul-Brasileiro de Veículos Antigos (Parte V)

Continuando a série de fotos, hoje trataremos dos Ford presentes no evento. E não eram poucos!
 
Ford 1932 Roadster, todo original!
Este Ford 1932 bege está em excelente estado de conservação,inclusive equipado com alguns interessantes opcionais: um baú de madeira, com o brasão da Ford, que fazia as vezes de porta-malas. Acontece que este Fordinho não dispõe do porta-malas convencional, pois o espaço traseiro da carroçaria é tomado por um banco auxiliar.

Este banco é conhecido como "banco da sogra", pois fica na traseira do veículo; longe, portanto, do habitáculo dianteiro. Aqueles que não tinham tanto apreço pelas sogras deveriam adorar pô-las neste banco, sobretudo em dias de chuva: acontece que quem vai neste banco não tem nenhuma proteção. Se estivesse chovendo, o jeito mesmo era usar um guarda-chuva...

Em plena forma, o F-6 carregava nas costas o Citroën 1947 também presente no evento.
Este Ford F-6 1952 em raro estado de conservação também estava exposto no evento. Este F-6, que já deve ter carregado meio mundo no chassis, foi restaurado em 1998 pelo pessoal do Relicar- de Araranguá/SC.

Assim como outros caminhões expostos, ao final do evento eles pegaram a estrada rumo ao lar. Tão bom ver estes antigos em forma rodando pelas estradas!

Mais um salvo: se ele já está bonito, imagine quando for restaurado... Boa sorte ao proprietário!
Não posso afirmar com plena certeza, mas acredito que este carro seja recém-importado dos Estados Unidos, pois o modelo ainda conserva alguns adesivos de licenciamento do estado da Flórida, se não me engano, no quebra-ventos.

Afora o impasse acerca de sua origem, este Fairlane 1958 500 é um baita! A combinação de cores é bastante interessante: sua cor predominate é preta, com alguns detalhes em amarelo e branco. Apesar do Fairlane ser da época em que os cromados eram constantes- e nem sempre bem empregados- o conversível é bastante sóbrio. O interior, branco e vermelho, é tão sóbrio quanto. Apesar da incomum profusão de cores, o auto é bastante interessante.

Sensacional Fastback '66!

GT 1968
Seria um verdadeiro sacrilégio se eu deixasse de mostrar estes Mustang! Eram os carros mais concorridos do evento, sempre havia alguém com uma câmera fotografando- ou fazendo pose ao lado destes muscle cars.

1968 ficou conhecido como "o ano que não acabou" por causa de inúmeros acontecimentos que se deram ao longo deste ano: Guerra do Vietnan, AI-5 e tantos outros eventos marcantes em nossa História. Pois foi neste ano tão significativo em que nasceu esse Mustang GT cor de sangue. Seu irmão fastback é dois anos mais velho, mas não menos interessante! Uma bela dupla de Mustang, não acham?

Incrível Galaxie 1967, o qual ainda roda. Silenciosamente...
Até 1966 a Ford só produzia veículos pesados. Porém, em 1967, surgiu o primeiro Ford feito no Brasil (Houveram os Ford T no começo do século passado, mas eram apenas montados no Brasil; diferente do Galaxie, o qual era feito em nossa terra).

Galaxie, o carro status da Ford brasileira.
A Ford começou com pé direito: até hoje a linha Galaxie é conhecida pelo seu requinte e conforto. Também pudera: nenhum carro nacional reunia tantos itens de luxo, como a direção hirdáulica, o ar-condicionado, acabamento interno primoroso e até a abertura dos quebra-ventos era feita por uma manivela!

Junte estes equipamentos, um motor V8 com boa potência e excelente durabilidade, o primoroso isolamento acústico do motor e transmissão e uma suspensão confortabilíssima: receita certa de sucesso.


Em 1967, a Ford comprou a Willys-Overland. A absorção total WOB pela Ford só aconteceu mesmo em 1969, onde ocorreram várias mudanças. A Ford alegou na época que realizou 406 modificações nos veículos da antiga Willys: melhor vedação, melhorias no sistema de freios (tambores mais grossos e lonas com maior coeficiente de atrito), novos mancais no motor, eixo traseiro redimensionado, etc.

E as mudanças mais evidentes, como a aplicação do oval da Ford, no lugar do "w" estilizado da Willys. Apesar dos novos scripts, curiosamente o Aero-Willys passou a ser chamado pela Ford como Aero-Willys Ford.

 Note o oval da Ford e o botão da trava da marcha-à-ré na ponta da alavanca do câmbio.
Mecanicamente falando, este Aero dispunha das tecnologias da época: câmbio com quatro marchas (com a alavanca de acionamento na coluna de direção), farta instrumentação no painel (amperímetro, pressão do óleo do motor, velocímetro, marcadores de temperatura e nível do tanque do combustível, além das luzes testemunhas) e banco dianteiro inteiriço.


Detalhe da traseira do Aero '71

Em 1971, ano do modelo fotografado, o Aero foi descontinuado pela Ford. Ele já não estava mais no top five dos mais luxuosos e modernos da época, porém ainda conservava as linahs mestras do Aero '63. Esta unidade presente no evento estava num impecável estado de conservação. Fiquei observando-o por vários minutos, tamanha originalidade!

Também produzido em 1971, este Torino dispensa comentários. Simplesmente deslumbrante!

Maverick Sedã 1974
Maverick GT 1975
Maverick Cupê '74. Deslumbrante!
Os Maverick nacionais são figurinhas carimbadas em qualquer evento automobilístico. Afinal, na opinião de muitos, os Maverick são autênticos muscle cars nacionais! Tiveram vida curta, mas bastante siginificativa para a hsitória automobilistica nacional.

O Canto do cisne: Maverick '79.
Destaco este cupê Super Luxo de 1979, da última safra dos Maverick produzidos. Além de contar com o fantástico motor 2300 (não tão emocionante quanto o V8, mas radicalmente melhor que o 6 cilindros oferecido até 1974), o auto dispõe de transmissão automática, algo raro nos Maverick nacionais.

Vi este rodar pelo evento, e atesto: roda com a justeza dos zero-quilômetros! Parece que havia saido ontem do stand da Dipronal, antigo concessionário Ford de Floripa.

Cupê 1975
Raro sedã 1976
Cupê 1977
Finalizando esta postagem, lá vão estes três Corcel. Estes três anos foram os últimos da primeira série do Corcel, a qual durou de 1968 até fins de 1977, época em que foi lançado o Corcel II.

O Cupê 1977 chamou-me a atenção, pois era muito original. Ví muitos destes na minha infância, e eram figurinhas fáceis no trânsito florianopolitano. Belos carros, muito bem  conservados!

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